sábado, 10 de novembro de 2012

Mentes perigosas - O psicopata mora ao lado. Ana Beatriz Barbosa Silva

Ana Beatriz Barbosa Silva - Mentes perigosas — O psicopata mora ao lado. 

“Os psicopatas em geral são indivíduos frios, calculistas, inescrupulosos, dissimulados, mentirosos, sedutores e que visam apenas o próprio benefício. Eles são incapazes de estabelecer vínculos afetivos ou de se colocar no lugar do outro. São desprovidos de culpa ou remorso e, muitas vezes, revelam-se agressivos e violentos. Em maior ou menor nível de gravidade e com formas diferentes de manifestarem os seus atos transgressores, os psicopatas são verdadeiros ‘predadores sociais’, em cujas veias e artérias corre um sangue gélido.”

“Segundo o psiquiatra canadense Robert Hare, uma das maiores autoridades sobre o assunto, os psicopatas têm total ciência dos seus atos (a parte cognitiva ou racional é perfeita), ou seja, sabem perfeitamente que estão infringindo regras sociais e por que estão agindo dessa maneira. A deficiência deles (e é aí que mora o perigo) está no campo dos afetos e das emoções. Assim, para eles, tanto faz ferir, maltratar ou até matar alguém que atravesse o seu caminho ou os seus interesses, mesmo que esse alguém faça parte de seu convívio íntimo. Esses comportamentos desprezíveis são resultados de uma escolha, diga-se de passagem, exercida de forma livre e sem qualquer culpa.”

“Os psicopatas mostram uma total e impressionante ausência de culpa sobre os efeitos devastadores que suas atitudes provocam nas outras pessoas. Os mais graves chegam a ser sinceros sobre esse assunto: dizem que não possuem sentimento de culpa, que não lamentam pelo sofrimento que eles causaram em outras pessoas e que não conseguem ver nenhuma razão para se preocuparem com isso.”

“Os psicopatas apresentam uma espécie de ‘pobreza emocional’ que pode ser evidenciada pela limitada variedade e intensidade de seus sentimentos. São incapazes de sentir certos tipos de sentimento como o amor, a compaixão e o respeito pelo outro. Por vezes podem nos confundir ao apresentarem episódios emocionais dramáticos, fúteis e de curta duração. No entanto, se observarmos com mais cautela, constataremos que esses episódios não passam de pura encenação.”

“Quando a questão é família, o comportamento deles também segue o mesmo padrão de indiferença e irresponsabilidade. Quando constituem famílias (cônjuges e filhos) os psicopatas não o fazem por sentimentos amorosos, mas sim como um instrumento necessário para construir uma boa imagem perante a sociedade. (...) Eles tratam as pessoas como ‘coisas’ que, quando não servem mais, são descartadas da mesma forma que se faz com uma ferramenta usada.”





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