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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Ulysses Ferraz - Nada maior


ulysses-ferraz.blogspot.com


No calor do beijo
De perto provoca
Tons de desejo
E com as mãos
Pequenas
Pétalas
Pedem proteção
Em sons de beleza
Não há mais certeza
Quando já em chama
Emana o instinto
Provoca vontade
Chama a saudade
De toda ternura
Que só cabe perfeita
Numa única criatura
Chamada você


"(...) não há nada maior quando temos a verdadeira ternura e a verdadeira sensualidade numa mesma criatura". (O amante de Lady Chatterley, D. H. Lawrence)




sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ulysses Ferraz

Tudo me escapa quanto mais a distância se perde no espaço e seus movimentos despertam meus sensos e me destempero quando sua pele se aproxima da minha pele e sinto sua respiração, irregular, invadir meus poros e seus contornos e contradições se dissolvem na minha história, tão breve, e entro dentro do seu corpo, pelas bordas, e me desatino com a irrelevância de todo o resto, uma conexão improvável altera a lógica do encontro, os sons se misturam com o calor do toque irremediável, que reluta e resiste, até que tudo se confunde e se funde em um, o incontrolável invade, e ante ao menor afastamento, seus movimentos me resgatam, me salvam da minha trivialidade e eu retorno impassível, com a força de um único sentido, tateando, observando as sombras das curvas e o prazer do instante que se recusa a ser subjugado pela carne tão fraca, mas que está por toda parte, e finalmente se entrega, sem trégua, unindo braços, entrelaçando pernas, desfazendo a solitude, na expressão de um beijo úmido, que não foi dado, ausente, reverberando na aceleração dos corações, às vezes partidos, mas inteiros por incompletos, que revivem e vivem do prazer daquele um instante, sem referências, sem passado, sem reflexão, só o gozo da hora, naquele toque sem retoques e emendas, que dura o tempo de agora e vale a pena toda espera, de uns únicos segundos...





terça-feira, 9 de novembro de 2010

Poesia - Ulysses Ferraz

O rosto se esconde
A boca me ilude
O gesto confunde
Mãos se recolhem
Ombros encolhem
Seus pés me torturam
Olhos se perdem
A respiração me parte
Sua pele não toca
Pernas se calam
O toque me foge
Meus sensos não falam
Os corpos não agem
Quadris paralisam
Sua presença me basta
O tempo se esquece
Seu sorriso acolhe
O calor entorpece
A fala me expulsa
O desejo não escolhe
Meu coração pulsa
Medos se espalham
Sons embaralham
Escrevo irregular
Sem simetria
Você não pode ser fugaz
Tento me dissipar
Mesmo sem aproximar
Seu beijo me mata