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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

BJORK - TRAVESSIA - Milton Nascimento

BJORK - TRAVESSIA - Milton Nascimento

http://www.youtube.com/watch?v=_8TB86rxCJI&sns=fb


http://www.youtube.com/watch?v=AM-9VXEYB3E


Travessia

Milton Nascimento

Quando você foi embora fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho prá falar
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu canto, vou querer me matar
Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu canto, vou querer me matar

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Calix Bento - Milton Nascimento

Calix Bento -  Milton Nascimento

http://www.youtube.com/watch?v=fyE2gm4u6ts


Ó Deus salve o oratório
Ó Deus salve o oratório
Onde Deus fez a morada
Oiá, meu Deus, onde Deus fez a morada, oiá
Onde mora o calix bento
Onde mora o calix bento
E a hóstia consagrada
Óiá, meu Deus, e a hóstia consagrada, oiá
De Jessé nasceu a vara
De Jessé nasceu a vara
E da vara nasceu a flor
Oiá, meu Deus, da vara nasceu a flor, oiá
E da flor nasceu Maria
E da flor nasceu Maria
De Maria o Salvador
Oiá, meu Deus, de Maria o Salvador, oiá

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Milton Nascimento e Jobim Trio - Dias Azuis


Milton Nascimento e Jobim Trio - Dias Azuis



http://www.youtube.com/watch?v=NJceOBlxoqY&feature=youtu.be

Hoje por mais de um segundo 
o mundo rodou para trás. 
Folhas perdidas no tempo, 
num vento que o tempo que não volta mais

Dias azuis, 
Noites de paz na cidade. 
Dias azuis, 
Vento que trás a saudade.

Hoje por quase um segundo 
o mundo parou, de rodar. 
Foi um perfume no vento 
alguém que chegou para encontrar.

Dias azuis, 
Noites de paz na cidade. 
Dias azuis, 
Vento que trás a saudade.

Dias azuis, 
vento de paz na cidade. 
Dias azuis, 
noite que traz a saudade.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012


Milton Nascimento - Tudo o que você podia ser



http://www.youtube.com/watch?v=GGmGMEVbTAY

Com sol e chuva você sonhava
Que ia ser melhor depois
Você queria ser o grande herói das estradas
Tudo que você queria ser
Sei um segredo você tem medo
Só pensa agora em voltar
Não fala mais na bota e do anel de Zapata
Tudo que você devia ser sem medo
E não se lembra mais de mim
Você não quis deixar que eu falasse de tudo
Tudo que você podia ser na estrada
Ah! Sol e chuva na sua estrada
Mas não importa não faz mal
Você ainda pensa e é melhor do que nada
Tudo que você consegue ser ou nada

terça-feira, 26 de junho de 2012

Clube da Esquina Nª 1 - Milton Nascimento

Clube da Esquina Nª 1 - Milton Nascimento




http://www.youtube.com/watch?v=PH7NdNBFeX4&feature=share



Noite chegou outra vez de novo na esquina
Os homens estão, todos se acham mortais
Dividem a noite, lua e até solidão
Neste clube, a gente sozinha se vê, pela última vez
À espera do dia, naquela calçada
Fugindo pra outro lugar.
Perto da noite estou,
O rumo encontro nas pedras
Encontro de vez, um grande país eu espero
Espero do fundo da noite chegar
Mas agora eu quero tomar suas mãos
Vou buscá-la aonde for
Venha até a esquina, você não conhece o futuro
Que tenho nas mãos.
Agora as portas vão todas se fechar
No claro do dia, o novo encontrarei
E no curral D'el Rey
Janelas se abram ao negro do mundo lunar
Mas eu não me acho perdido
No fundo da noite partiu minha voz
Já é hora do corpo vencer a manhã
Outro dia já vem e a vida se cansa na esquina
Fugindo, fugindo pra outro lugar, pra outro lugar.


sábado, 16 de junho de 2012

A Primeira Estrela - Milton Nascimento

A Primeira Estrela
Milton Nascimento
Composição : Tulio Mourão/Milton Nascimento/Tavinho Moura

Nosso irmão Senhor das manhãs
Traz uma estrela, deusa, lua, novidade
Velho coração de prata de lei
Na mão uma flor iluminada
Acesa, clara, clara, clara, clara paz
Nosso irmão com seu passado
E seus versos que excitam toda a multidão
Nos ensina a amar nosso irmão

Perdoar e fazer crescer
O bem comum, o seu trabalho, seu sustento
A emoção de ver seu filho tecer
Com a mão a cor da liberdade
Sua casa, casa, clara, clara paz
Celebrando a natureza
Abraçar o mundo na ternura e na dor
Elevar o pensamento e tornar-se rei

De onde vem, por que veio assim?
Será que nós veremos a primeira estrela vésper
Vida que não vai se apagar
Mas no coração há tanto pranto
Pranto tanto, tanto canto que sei lá
Que fazer se somos homens?
Tão distante agora a palavra desse amor
Nos ensina a amar meu irmão

Nosso irmão Senhor das manhãs
Com sua estrela deusa lua novidade
Simples coração de prata de lei
Nosso coração traz tanto pranto
Pranto tanto, tanto canto pra saldar
Renascer na velha história
Abraçando o mundo na ternura e na dor
Nos ensina a escrever a canção do sol



quinta-feira, 31 de maio de 2012

Paula e Bebeto - Milton Nascimento Milton Nascimento

Paula e Bebeto - Milton Nascimento


http://www.youtube.com/watch?v=NwkiF3hyGSw&feature=share



Vida vida que amor brincadeira, vera
Eles amaram de qualquer maneira, vera
Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor vale amar
Pena que pena que coisa bonita, diga
Qual a palavra que nunca foi dita, diga
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor vale amar
Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor valerá
Eles partiram por outros assuntos, muitos
Mas no meu corao sempre juntos, muito
Qualquer maneira que eu cante esse canto
Qualquer maneira me vale cantar
Eles se amam de qualquer maneira, vera
Eles se amam e pra vida inteira, vera
Qualquer maneira de amor vale o canto
Qualquer maneira me vale cantar
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor valerá
Pena que pena que coisa bonita, diga
Qual a palavra que nunca foi dita, diga
Qualquer maneira de amor vale o canto
Qualquer maneira me vale cantar
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor valerá


terça-feira, 1 de maio de 2012

Milton Nascimento e Nana Caymmi - Cais

Milton Nascimento e Nana Caymmi - Cais




http://www.youtube.com/watch?v=pgvi7_MyBxY&feature=share


Para quem quer se soltar 
Invento o cais 
Invento mais que a solidão me dá 
Invento Lua nova a clarear 
invento o amor 
E sei a dor de me lançar 
Eu queria ser feliz 
Invento o mar 
Invento em mim o sonhador 
Para quem quer me seguir 
Eu quero mais 
Tenho o caminho do que sempre quis 
E um saveiro pronto pra partir 
Invento o cais e sei a vez de me lançar


sexta-feira, 27 de abril de 2012

Anima - Milton Nascimento


http://www.youtube.com/watch?v=lRGMJiB6O8o&feature=fvwrel


Lapidar
Minha procura toda
trama lapidar
o que o coração
com toda inspiração
achou de nomear
gritando: alma
Recriar
cada momento belo já vivido
e ir mais
atravessar fronteiras do amanhecer
e ao entardecer
olhar com calma
então
Alma, vai além de tudo
o que o nosso mundo ousa perceber
casa cheia de coragem, vida
tira a mancha que há no meu ser
te quero ver
te quero ser
alma
Viajar nessa procura toda
de me lapidar
neste momento agora de me recriar
de me gratificar
de busto, alma, eu sei
casa aberta
onde mora o mestre, o mago da luz
onde se encontra o templo que inventa a cor
Animará o amor
Onde se esquece a paz
Alma, vai além de tudo
o que o nosso mundo ousa perceber
casa cheia de coragem, vida
todo o afeto que há no meu ser
te quero ver, te quero ser
alma

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Elis Regina e Milton Nascimento - Caxangá

Elis Regina e Milton Nascimento - Caxangá




http://www.youtube.com/watch?v=S_VhxSagVpE




Sempre no coração, haja o que houver
A fome de um dia poder
Morder a carnde desta mulher
Veja bem meu patrão como pode ser bom
Você trabalharia no sol
E eu tomando banho de mar
Luto para viver, vivo para morrer
Enquanto minha morte não vem
Eu vivo de brigar contra o rei
Em volta do fogo todo mundo abrindo o jogo
Conta o que tem pra contar
Casos e desejos, coisas dessa vida e da outra
Mas nada de assustar
Quem não é sincero sai da brincadeira correndo
Pois pode se queimar
Saio do trabalho, ei
Volto para casa, ei
Não lembro de canseira maior
Em tudo é o mesmo suor


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Milton Nascimento e Lô Borges - Trem de Doido

Milton Nascimento e Lô Borges - Trem de Doido



Noite azul, pedra e chão
amigos num hotel
muito além do céu
nada a temer, nada a conquistar
depois que este trem começa a andar, andar
deixando pelo chão os ratos mortos na praça
do mercado
Quero estar onde estão
os sonhos desse hotel
muito além do céu
nada a temer, nada a combinar
na hora de achar o meu lugar no trem
e não sentir pavor dos ratos soltos na praça
minha casa
Não precisa ir muito além dessa estrada
os ratos não sabem morrer na calçada
é hora de você achar o trem
e não sentir pavor dos ratos soltos na casa
sua casa

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Nascente - Milton Nascimento

Nascente - Milton Nascimento


http://www.youtube.com/watch?v=-8q82-7-h8o


Clareia manhã
O sol vai esconder a clara estrela
Ardente, pérola do céu refletindo teus olhos
A luz do dia a contemplar teu corpo
Sedento, louco de prazer e desejos
Ardentes

quarta-feira, 21 de março de 2012

Milton Nascimento - para Lennon e McCartney

Milton Nascimento - Para Lennon e McCartney


http://www.youtube.com/watch?v=pVqOtQtTjWU&feature=share 


Por que vocês não sabem do lixo ocidental?
Não precisam mais temer
Não precisam da solidão
Todo dia é dia de viver
Por que você não verá meu lado ocidental?
Não precisa medo não
Não precisa da timidez
Todo dia é dia de viver
Eu sou da América do Sul
Eu sei, vocês não vão saber
Mas agora sou cowboy
Sou do ouro, eu sou vocês
Sou do mundo, sou Minas Gerais
Por que vocês não sabem do lixo ocidental?
Não precisam mais temer
Não precisam da solidão
Todo dia é dia de viver
Eu sou da América do Sul
Eu sei, vocês não vão saber
Mas agora sou cowboy
Sou do ouro, eu sou vocês 

terça-feira, 20 de março de 2012

MILTON NASCIMENTO - CLUBE DA ESQUINA

MILTON NASCIMENTO - CLUBE DA ESQUINA




http://www.youtube.com/watch?v=Ji5eVpru_e0 


Do disco MILTON 1970

Clube da Esquina
(Milton Nascimento, Lô Borges e Márcio Borges)

Noite chegou outra vez, de novo na esquina
Os homens estão, todos se acham imortais
Dividem a noite, e lua e até solidão
Neste clube, a gente sozinha se vê pela última vez
À espera do dia, naquela calçada
Fugindo de outro lugar perto da noite estou
O rumo encontro nas pedras
Encontro de vez um grande país
Eu espero, espero do fundo da noite chegar
Mas agora eu quero tomar suas mãos
Vou buscá-la aonde for
Venha até a esquina

Você não conhece o futuro
Que eu tenho nas mãos
Agora as portas vão todas se fechar
No claro do dia, o novo encontrarei
E no curral D'el Rey
Janelas se abram ao negro do mundo lunar
Mas eu não me acho perdido
No fundo da noite partiu minha voz
Já é hora do corpo vencer a manhã
Outro dia já vem e a vida se cansa na esquina
Fugindo, fugindo pra outro lugar 

domingo, 18 de março de 2012

MILTON NASCIMENTO - E DAÍ?

MILTON NASCIMENTO - E DAÍ?




http://www.youtube.com/watch?v=COdn0PzRpPc 



Tenho nos olhos quimeras
Com brilho de trinta velas
Do sexo pulam sementes
Explodindo locomotivas
Tenho os intestinos roucos
Num rosário de lombrigas
Os meus músculos são poucos
Pra essa rede de intrigas
Meus gritos afro-latinos
Implodem, rasgam, esganam
E nos meus dedos dormidos
A lua das unhas ganem
E daí?
Meu sangue de mangue sujo
Sobe a custo, a contragosto
E tudo aquilo que fujo
Tirou prêmio, aval e posto
Entre hinos e chicanas
Entre dentes, entre dedos
No meio destas bananas
Os meus ódios e os meus medos
E daí?
Iguarias na baixela
Vinhos finos nesse odre
E nessa dor que me pela
Só meu ódio não é podre
Tenho séculos de espera
Nas contas da minha costela
Tenho nos olhos quimeras
Com brilho de trinta velas
E daí?


quinta-feira, 15 de março de 2012

PAPER NAPKINS - Milton Nascimento

PAPER NAPKINS - Milton Nascimento 


http://www.youtube.com/watch?v=0ncZAZoTuB0&feature=share 


Na minha cidade tem poetas, poetas
Que chegam sem tambores nem trombetas
Trombetas e sempre aparecem quando
Menos aguardados, guardados, guardados
Entre livros e sapatos, em baús empoeirados
Saem de recônditos lugares, nos ares, nos ares
Onde vivem com seus pares, seus pares
Seus pares e convivem com fantasmas
Multicores de cores, de cores
Que te pintam as olheiras
E te pedem que não chores
Suas ilusões são repartidas, partidas
Partidas entre mortos e feridas, feridas
Feridas mas resistem com palavras
Confundidas, fundidas, fundidas
Ao seu triste passo lento
Pelas ruas e avenidas
Não desejam glórias nem medalhas, medalhas
Medalhas, se contentam
Com migalhas, migalhas, migalhas
De canções e brincadeiras com seus
Versos dispersos, dispersos
Obcecados pela busca de tesouros submersos
Fazem quatrocentos mil projetos
Projetos, projetos, que jamais são
Alcançados, cansados, cansados nada disso
Importa enquanto eles escrevem, escrevem
Escrevem o que sabem que não sabem
E o que dizem que não devem
Andam pelas ruas os poetas, poetas, poetas
Como se fossem cometas, cometas, cometas
Num estranho céu de estrelas idiotas
E outras e outras
Cujo brilho sem barulho
Veste suas caudas tortas
Na minha cidade tem canetas, canetas, canetas
Esvaindo-se em milhares, milhares, milhares
De palavras retrocedendo-se confusas, confusas
Confusas, em delgados guardanapos
Feito moscas inconclusas
Andam pelas ruas escrevendo e vendo e vendo
Que eles vêem nos vão dizendo, dizendo
E sendo eles poetas de verdade
Enquanto espiam e piram e piram
Não se cansam de falar
Do que eles juram que não viram
Olham para o céu esses poetas, poetas, poetas
Como se fossem lunetas, lunetas, lunáticas
Lançadas ao espaço e ao mundo inteiro
Inteiro, inteiro, fossem vendo pra
Depois voltar pro Rio de Janeiro 

terça-feira, 6 de março de 2012

Que bom, amigo - Milton Nascimento

Que bom, amigo - Milton Nascimento




http://www.youtube.com/watch?v=Hti8dKmkKag



Que bom, amigo
Poder saber outra vez que estás comigo
Dizer com certeza outra vez a palavra amigo
Se bem que isso nunca deixou de ser
Que bom, amigo
Poder dizer o teu nome a toda hora
A toda gente
Sentir que tu sabes
Que estou pro que der contigo
Se bem que isso nunca deixou de ser
Que bom, amigo
Saber que na minha porta
A qualquer hora
Uma daquelas pessoas que a gente espera
Que chega trazendo a vida
Será você
Sem preocupação


Milagre dos peixes - Milton Nascimento

Milagre dos peixes - Fotografia Leonora Fink















Milagre dos peixes. Fotografia Leonora Fink


Eu vejo esses peixes e vou de coração
Eu vejo essas matas e vou de coração à natureza


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Z13FTIU3p9A


Telas falam colorido de crianças coloridas
De um gênio televisor
E no andor de nossos novos santos
O sinal de velhos tempos
Morte, morte, morte ao amor
Eles não falam do mar e dos peixes
Nem deixam ver a moça, pura canção
Nem ver nascer a flor, nem ver nascer o sol
E eu apenas sou um a mais, um a mais
A falar dessa dor, a nossa dor
Desenhando nessas pedras
Tenho em mim todas as cores
Quando falo coisas reais
E no silêncio dessa natureza
Eu que amo meus amigos
Livre, quero poder dizer
Eu vejo esses peixes e dou de coração





Milton Nascimento e Lô Borges - Trem de Doido

Milton Nascimento e Lô Borges - Trem de Doido


http://www.youtube.com/watch?v=39FAelUIdqU



Noite azul, pedra e chão
amigos num hotel
muito além do céu
nada a temer, nada a conquistar
depois que este trem começa a andar, andar
deixando pelo chão os ratos mortos na praça
do mercado
Quero estar onde estão
os sonhos desse hotel
muito além do céu
nada a temer, nada a combinar
na hora de achar o meu lugar no trem
e não sentir pavor dos ratos soltos na praça
minha casa
Não precisa ir muito além dessa estrada
os ratos não sabem morrer na calçada
é hora de você achar o trem
e não sentir pavor dos ratos soltos na casa
sua casa

domingo, 4 de março de 2012

MILTON NASCIMENTO - CLUBE DA ESQUINA

MILTON NASCIMENTO - CLUBE DA ESQUINA




http://www.youtube.com/watch?v=Ji5eVpru_e0&feature=share



Noite chegou outra vez de novo na esquina
Os homens estão, todos se acham mortais
Dividem a noite, lua e até solidão
Neste clube, a gente sozinha se vê, pela última vez
À espera do dia, naquela calçada
Fugindo pra outro lugar.
Perto da noite estou,
O rumo encontro nas pedras
Encontro de vez, um grande país eu espero
Espero do fundo da noite chegar
Mas agora eu quero tomar suas mãos
Vou buscá-la aonde for
Venha até a esquina, você não conhece o futuro
Que tenho nas mãos.
Agora as portas vão todas se fechar
No claro do dia, o novo encontrarei
E no curral D'el Rey
Janelas se abram ao negro do mundo lunar
Mas eu não me acho perdido
No fundo da noite partiu minha voz
Já é hora do corpo vencer a manhã
Outro dia já vem e a vida se cansa na esquina
Fugindo, fugindo pra outro lugar, pra outro lugar.