quinta-feira, 30 de junho de 2011

Fayga Ostrower - Janelas da Alma

Fayga Ostrower - Janelas da Alma


http://www.youtube.com/watch?v=iM2woc1Vt3s

Rubem Alves - O vazio

Minhas netas: Hoje quero que vocês me respondam uma pergunta: o que é que vale mais, o cheio ou o vazio? Ah! Pergunta boba! Todo mundo sabe que o que o cheio vale mais que o vazio. Quem gostaria de receber uma caixa vazia como presente de aniversário? O que a gente quer é uma caixa cheia. É o cheio que vale. Tanto assim que o cheio custa dinheiro. Mas o vazio não custa nada. Ninguém compra o vazio.

Parece óbvio que o cheio vale mais que o vazio... Mas será mesmo? É gostoso comprar uma sandália nova. Mas uma sandália é para a gente pôr os pés dentro dela. Mas para se pôr os pés dentro dela é preciso que o “dentro dela” esteja vazio. Se o “dentro dela“ estiver cheio o pé não entra. É o vazio da sandália que a torna útil. Vocês gostam de refrigerante. Querem pôr o refrigerante no copo. Mas para se pôr o refrigerante no copo é preciso que o copo esteja vazio. Um copo é um vazio cercado de vidro por todos os lados, menos o de cima. Aí você dá uma risadinha e diz: “Eu não preciso de copo. Uso um canudinho de plástico...“ Mas o canudinho só funciona se estiver vazio. É preciso que ele esteja vazio para que o refrigerante passe por dentro dele quando você chupa. Na escola o professor já lhes explicou como são os pulmões? Eles se parecem com um esponja: são cheios de buraquinhos vazios. Os buraquinhos têm de estar vazios para que o ar entre neles. Coisa ruim é quando, resfriados, os pulmões ficam “cheios“. Pulmão cheio não deixa respirar. Coisa gostosa é andar de bicicleta. Você pedala, as rodas rodam, e lá vai você sentindo o ventinho gostoso no rosto. Mas as rodas, para girarem, precisam ter um buraco no meio. É nesse buraco que entra o eixo. É o vazio no centro da roda que a torna útil. Vocês gostam de bolo. Eu também. Para se fazer um bolo a gente procura a receita num livro de receitas. A primeira coisa que aparece numa receita são os “ingredientes“: farinha, ovos, açúcar, manteiga, leite e outras coisas. Mas eu nunca vi, em livro de receitas, explicado que se não se misturar uma pitada de vazio com os ingredientes, o bolo não fica bom. Fica “embatumado“, pesado, ruim. É o vazio que faz o bolo ficar fofinho e leve. Aí você me pergunta: “Mas como se faz para misturar o vazio na massa do bolo?“ É simples. É para isso que se batem as claras dos ovos. As claras, sem bater, são só o “cheio“. Mas, depois de batidas, estão cheias de vazio. Vocês sabem bater claras? É divertido. A gente pega um garfo e vai enrolando a clara com movimentos circulares rápidos. Para quê? Para pescar vazio. Depois de batidas as claras, olhem bem: elas se transformaram numa espuma, milhares de bolhas minúsculas. Dentro de cada bolha está um pouquinho de ar. O fermento faz o mesmo efeito. Misturado com a massa o fermento começa a produzir bolhas bem pequenas de um gás, semelhantes àquelas que existem dentro das garrafas de refrigerantes. A casa também é um vazio cercado de paredes. Para isso servem as paredes: para pegar o vazio e permitir que ele seja usado. Os arquitetos e arquitetas são os artistas que sabem a arte de pegar vazios por meio de paredes. E as janelas? Também são vazios. Buracos. Já imaginaram uma casa sem janelas? Seria horrível viver numa casa sem janelas. Só conheço uma casa sem janelas: os prédios do Congresso Nacional, em Brasília. Parece que a ausência de janelas não faz bem nem para os sentimentos e nem para os pensamentos... É o vazio entre os meus olhos e o jardim que me permite ver o jardim. É o vazio chamado “silêncio“ que me permite ouvir a música. E o espelho? Para ser bom, para refletir o seu rosto, é preciso que seja vazio.

Agora uma de vocês me diz: “Mas vô: faz tempo que você está contando como era a sua vida de menino, na roça! E agora você começa a falar sobre o vazio...“ Aí eu explico: “É que a roça é o lugar onde o vazio é grande. A cidade é o lugar onde o vazio é pequeno.“ Na cidade a gente olha para fora e os olhos logo batem num edifício, num muro, nos automóveis. Na cidade a gente vê curto. Na roça, porque o vazio é grande, os olhos vêem longe, muito longe: os campos, as matas, as montanhas no horizonte, o sol que morre, a lua que nasce, as estrelas... Que coisa bonita é ver a cortina branca da chuva que vai chegando... Quando o vazio é grande o mundo cresce. Coisa que eu gostava de fazer quando menino: deitar no capim e ficar vendo as nuvens. Pareciam navios navegando no mar do céu, mudando de forma, sem parar: o pato virava regador, o regador virava elefante... Eu não entendia uma coisa: como é que as nuvens não caíam! De vez em quando elas caíam como chuva de água ou chuva de pedra de gelo. Disso eu concluía que nuvem era água e gelo. Aí eu me perguntava: como é que água e gelo ficam lá em cima, flutuando como se fossem flocos de algodão? E os urubus? Todo mundo acha que urubu é ave feia. Discordo. Vocês já pararam para ficar olhando o vôo dos urubus? Pensando no vôo dos urubus eu me lembrei de uns versos da Cecília Meireles: “Os dias felizes estão entre as árvores, como pássaros: viajam nas nuvens, correm nas águas, desmancham-se na areia. Todas as palavras são inúteis, desde que se olha para o céu. A doçura maior na vida flui na luz do sol, quando se está em silêncio. Até os urubus são belos, no largo círculos dos dias sossegados...“ Os urubus voam muito alto – parecem uns pontinhos negros no azul vazio do céu. Para voar eles nem batem asas. Eles flutuam nas correntes de ar quente que sobem. Foram os urubus que ensinaram os homens a voar com as asas delta. Se não fosse o vazio do céu não haveria nem o vôo dos pássaros e nem o vôo dos homens.

Na roça, porque o vazio era grande, a liberdade era grande também. O vazio é um lugar bom para brincar. Se não fosse o vazio do céu, como é que eu poderia empinar uma pipa? Se não fosse o vazio debaixo da árvore, como é que eu ia balançar, até bater com a ponta do pé na folha do galho alto? Os campos eram imensos vazios, sem cercas. De manhã, depois do café com leite, pão e manteiga, eu saía para fora. Não era preciso prestar atenção no tráfego para não ser atropelado. Não havia automóveis correndo e buzinando. No vazio eu era um menino livre, brincalhão... Meus pensamentos voavam com as nuvens e os urubus...

E havia também um vazio chamado silêncio. Silêncio é quando não há ruídos e barulhos. Na cidade não há o vazio do silêncio: nossas casas são invadidas pelo ronco das motocicletas, das buzinas, do som a todo volume. Quando o espaço está vazio de barulhos a gente pode escutar as músicas da natureza. Há 150 anos um chefe índio dos Estados Unidos escreveu uma carta ao presidente daquele país falando sobre as cidades dos ditos civilizados. Disse ele: “Não há lugar calmo nas cidades do homem branco. Nenhum lugar para escutar o desabrochar das folhas na primavera ou o bater das asas de um inseto. A barulheira ofende os ouvidos. E o que resta da vida se um homem não pode escutar o choro solitário de um pássaro ou o coaxar dos sapos à volta de uma lagoa, à noite...“ Vocês já ouviram a música das folhas das árvores sacudidas pelo vento? Já ouviram o canto de um sabiá no meio da mata, ao entardecer? O zumbido das abelhas em busca de flores?

A vida precisa do vazio: a lagarta dorme num vazio chamado casulo até se transformar em borboleta. A música precisa de um vazio chamado silêncio para ser ouvida. Um poema precisa do vazio da folha de papel em branco para ser escrito. E as pessoas, para serem belas e amadas, precisam ter um vazio dentro delas. A maioria acha o contrário; pensa que o bom é ser cheio. Essas são as pessoas que se acham cheias de verdades e sabedoria e falam sem parar. São umas chatas quando não são autoritárias. Bonitas são as pessoas que falam pouco e sabem escutar. A essas pessoas é fácil amar. Elas estão cheias de vazio. E é no vazio da distância que vive a saudade...

A roça é o lugar onde o vazio é grande. O vazio grande da roça, com seus espaços e silêncios, é o colo da natureza, nossa mãe de onde saímos e para onde haveremos de voltar... Assentados no colo da mãe o medo se vai e tudo fica bom. A cidade é o cheio. A roça é o vazio. Tenho saudade do vazio da roça...

(Correio Popular, Caderno C, 24/02/2002)

terça-feira, 28 de junho de 2011

Mude - Clarice Lispector

Mude - Clarice Lispector



Mude.
Mas comece devagar,
porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção os lugares por onde você
passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos. Procure andar descalço
alguns dias.
Tire uma tarde inteira pra passear livremente na
praia, ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma do outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de TV, compre outros
jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia,
o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo
jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida, compre pão em outra
padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas,
troque de carro, compre novos óculos, escrevas outras
poesias.
Jogue fora os velhos relógios,
quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros
teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se que a vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um novo emprego,
uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais
prazeroso,
mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa,
se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas.
Mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o
dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!"





Fotografia Leonora Fink - Juquehy

Sophia de Mello Breyner


Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello Breyner

Jacques Prévert

Le tendre et dangereux
visage de l'amour
m'est apparu un soir
après un trop long jour
C'était peut-être un archer
avec son arc
ou bien un musicien
avec sa harpe
Je ne sais plus
Je ne sais rien
Tout ce que je sais
c'est qu'il m'a blessée
peut-être avec une flèche
peut-être avec une chanson
Tout ce que je sais
c'est qu'il m'a blessée
blessée au coeur
et pour toujours
Brûlante trop brûlante
blessure de l'amour. Jacques Prévert

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Julio Cortázar - Rayuela

‎"Andábamos sin buscarnos pero sabiendo que andábamos para encontrarnos."
"We went around without looking for each other, but knowing we went around to find each other."
Julio Cortázar - Rayuela

domingo, 26 de junho de 2011

Let's Do It - Cole Porter

Let's Do It
Cole Porter

"When the little bluebird 
Who has never said a word
Starts to sing Spring
When the little bluebell
At the bottom of the dell
Starts to ring Ding dong Ding dong
When the little blue clerk
In the middle of his work
Starts a tune to the moon up above
It is nature that is all
Simply telling us to fall in love
And that's why birds do it, bees do it
Even educated fleas do it
Let's do it, let's fall in love
Cold Cape Cod clams, 'gainst their wish, do it
Even lazy jellyfish do it
Let's do it, let's fall in love
I've heard that lizards and frogs do it
Layin' on a rock
They say that roosters do it
With a doodle and cock
Some Argentines, without means do it
I hear even Boston beans do it
Let's do it, let's fall in love
When the little bluebird
Who has never said a word
starts to sing Spring spring spring
When the little bluebell
At the bottom of the dell
Starts to ring Ding ding ding
When the little blue clerk
In the middle of his work
Starts a tune
The most refined lady bugs do it
When a gentleman calls
Moths in your rugs they do it
What's the use of moth balls
The chimpanzees in the zoos do it,
Some courageous kangaroos do it
Let's do it, let's fall in love
I'm sure sometimes on the sly you do it
Maybe even you and I might do it
Let's do it, let's fall in love"

sábado, 18 de junho de 2011

Cecilia Bartoli - Vaga luna che inargenti

Vaga Luna,  Che I nargenti  (Vincenzo  Bellini)
Vaga luna,  che  inargenti

queste  rive  e  questi  fiori

ed inspiri agli elementi

i  l   l linguaggio  dell'amor;

testimonio  or  sei  tu  sola

ed  a lei che m'innamora

conta  i  palpiti  e  i  sospir.

Dil le  pur che  lontananza

il  mio  duol  non  può  lenir,

che  se  nutro  una  speranza,

ella  è  sol nell'avvenir.

Dille  pur che  giorno  e  sera

conto  l'ore  del  dolor,

che una speme lusinghiera

mi  conforta  nell'amor

The Beatles - I'm Happy Just To Dance With You

I'm Happy Just To Dance With You

Before this dance is through,
I think I'll love you too.
I'm so happy when you dance with me.


I don't want to kiss
Or hold your hand.
If it's funny,
Try to understand.
There is really nothing else
I'd rather do
'Cause I'm happy just to
Dance with you.


I don't need to hug
Or hold you tight.
I just want to dance
With you all night.
In this world, there's nothing
I would rather do
'Cause I'm happy just to
Dance with you.


Just to dance with you
Is everything I need.
Before this dance is through,
I think I'll love you too.
I'm so happy when you dance with me.


If somebody tries
To take my place,
Let's pretend we
Just can't see his face.
In this world, there's nothing
I would rather do
'Cause I'm happy just to
Dance with you.


Just to dance with you
Is everything I need.
Before this dance is through,
I think I'll love you too.
I'm so happy when you dance with me.


If somebody tries
To take my place,
Let's pretend we
Just can't see his face.
In this world, there's nothing
I would rather do.
I discovered I'm in
Love with you.


'Cause I'm happy just to
Dance with you.

The Beatles - The Long And Winding Road

The Long And Winding Road 

The Beatles

The long and winding road
That leads to your door
Will never disappear
I've seen that road before
It always leads me here
Lead me to your door


The wild and windy night
That the rain washed away
Has left a pool of tears
Crying for the day
Why leave me standing here
Let me know the way


Many times I've been alone
And many times I've cried
Anyway you'll never know
The many ways I've tried


But still they lead me back
To the long winding road
You left me waiting here
A long long time ago
Don't keep me standing here
Lead me to your door


But still they lead me back
To the long winding road
You left me standing here
A long long time ago
Don't leave me waiting here
Lead me to your door

Maria Gadú - Quase Sem Querer

 Renato Russo
Tenho andado distraído
Impaciente e indeciso
Ainda estou confuso só que agora é diferente
Tô tão tranquilo e tão contente
Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria era provar pra todo mundo
Que eu não precisava provar nada pra ninguém
Me fiz em mil pedaços pra você juntar
E queria sempre achar explicação pra o que eu sentia
Como um anjo caído fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira
Mas, não sou mais tão criança
A ponto de saber tudo
Já não me preocupo se eu não sei por que
Ás vezes o que eu vejo quase ninguém vê
Eu sei que você sabe quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você
Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente um dos Deuses mais lindos
Sei que ás vezes uso palavras repetidas
Mas, quais são as palavras que nunca são ditas?
Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que eu percebi
Como te quero tanto
Já não me preocupo se eu não sei por que
Ás vezes o que eu vejo quase ninguém vê
Eu sei que você sabe quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você

sexta-feira, 17 de junho de 2011

River Phoenix - Milton Nascimento

River Phoenix - Milton Nascimento


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=wjcnvnv6L7s



Se um dia a gente se encontrar
e eu confessar
que vi um filme tantas vezes
para desvendar os olhos teus
E se a gente se falar
contar as coisas que viveu
o que esperamos do amanhã
será que pode acontecer?
Pois, paralelo ao personagem,
eu quis saber mesmo é de ti
Queria que fosses feliz
uma água calma a inundar
a sua margem de carinho
um peito aberto a quem chegar
Como o teu nome, diferente
Uma paisagem nos induz
Uma paisagem de inocência
Mas que se sabe e que conduz
Conduz agora este momento
O pensamento e os olhos meus
brilhando de emoção e grato
alguém que só te conheceu
num filme que viu tantas vezes
Este poema aconteceu

Dos Cruces - Milton Nascimento

Dos Cruces

Milton Nascimento

Sevilla tuvo que ser
Con su lunita plateada
Testigo de nuestro amor
Bajo la noche callalda
Y nos quisimos tu y yo
Con un amor sin pecado
Pero el destino ha querido
Que vivamos separados
Estan clavadas dos cruces
En el monte del olvido
Por dos amores que han muerto
Sin haberse comprendido
Estan clavadas dos cruces
En el monte del olvido
Por dos amores que han muerto
Que son el tuyo y el mio
Ay, barrio de Santa Cruz
Ay, plaza de Doña Elvira
Os vuelvo yo a recordar
Y me parece mentira
Ya todo aquello pasó
Todo quedó en el olvido
Nuestra promesas de amores
En el aire se han perdido
Estan clavadas dos cruces
En el monte del olvido
Por dos amores que han muerto
Sin haberse comprendido
Estan clavadas dos cruces
En el monte del olvido
Por dos amores que han muerto
Que son el tuyo y el mio
Que son el tuyo y el mio

Joan Baez - With God On Our Side - Live 1982

But now we got weapons Of the chemical dust If fire them we're forced to Then fire them we must One push of the button And a shot the world wide And you never ask questions When God's on your side.
(Bob Dylan)





Oh my name it is nothin'

My age it means less

The country I come from

Is called the Midwest

I's taught and brought up there

The laws to abide

And that land that I live in

Has God on its side.



Oh the history books tell it

They tell it so well

The cavalries charged

The Indians fell

The cavalries charged

The Indians died

Oh the country was young

With God on its side.



Oh the Spanish-American

War had its day

And the Civil War too

Was soon laid away

And the names of the heroes

I's made to memorize

With guns in their hands

And God on their side.



Oh the First World War, boys

It closed out its fate

The reason for fighting

I never got straight

But I learned to accept it

Accept it with pride

For you don't count the dead

When God's on your side.



When the Second World War

Came to an end

We forgave the Germans

And we were friends

Though they murdered six million

In the ovens they fried

The Germans now too

Have God on their side.



I've learned to hate Russians

All through my whole life

If another war starts

It's them we must fight

To hate them and fear them

To run and to hide

And accept it all bravely

With God on my side.



But now we got weapons

Of the chemical dust

If fire them we're forced to

Then fire them we must

One push of the button

And a shot the world wide

And you never ask questions

When God's on your side.



In a many dark hour

I've been thinkin' about this

That Jesus Christ

Was betrayed by a kiss

But I can't think for you

You'll have to decide

Whether Judas Iscariot

Had God on his side.



So now as I'm leavin'

I'm weary as Hell

The confusion I'm feelin'

Ain't no tongue can tell

The words fill my head

And fall to the floor

If God's on our side

He'll stop the next war.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Because - Across the Universe

Because - Across the Universe


Because

Aah

Because the world is round it turns me on
Because the world is round
Aah
Because the wind is high it blows my mind
Because the wind is high
Aah

Love is old, love is new
Love is all, love is you

Because the sky is blue, it makes me cry
Because the sky is blue
Aah
Aah.

Air - Venus

Air - Venus



You could be from Venus
I could be from Mars
We would be together
Lovers forever
Care for each other
You could live in the sea
And I could be a bird
We would be together
Lovers forever
Care for each other
If you wear an illusion
I will make it real
We would be together
Lovers forever
Care for each other
If you walk in the sun
I will be your shadow
We would be together
Lovers forever
Care for each other

Tradução

Você pode ser de Vênus Eu poderia ser de Marte Gostaríamos de estar juntos Amantes para sempre Cuidar um do outro
 Você poderia viver no mar E eu poderia ser um pássaro Gostaríamos de estar juntos Amantes para sempre Cuidar um do outro
Se você tiver um sonho Eu farei isso real Gostaríamos de estar juntos Amantes para sempre Cuidar um do outro
Se você caminhar sob o sol Eu serei a sua sombra Gostaríamos de estar juntos Amantes para sempre Cuidar um do outro

La Rochefoucald

A ausência diminui as paixões medíocres e aumenta as grandes, assim como o vento apaga as velas e atiça as fogueiras.

La Rochefoucald

terça-feira, 14 de junho de 2011

Morrie Schwartz

As long as we can love each other, and remember the feeling of love we had, we can die without ever really going away. All the love you created is still there. All memories are still there. You live on in the hearts of everyone you have touched and nurtured while you were here.


Fotografia Leonora Fink

Amor - Leonora Fink

Suspenso feito um lençol sobre bambus, quase extinto, até a brisa assoprá-lo em movimentos de voos e chamas. Leonora Fink




Fotografia Leonora Fink

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Milton Nascimento - Caçador de Mim


Milton Nascimento - Caçador de Mim
Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim
Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim
Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura
Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
O que me faz sentir
Eu, caçador de mim

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Amor- Leonora Fink

Suspenso feito um lençol sobre bambus, quase extinto, até a brisa assoprá-lo em movimentos de voos e chamas. Leonora Fink

terça-feira, 7 de junho de 2011

José Miguel Wisnik - Bambino

José Miguel Wisnik - Bambino

E se o ferro ferir
E se a dor perfumar
Um pé de manacá
Que eu sei existir
Em algum lugar
E se eu te machucar
Sem querer atingir
E também magoar
O seio mais lindo que há
E se a brisa soprar
E se ventar a favor
E se o fogo pegar
Quem vai se queimar
De gozo e de dor
E se for pra chorar
E se for ou não for
Vou contigo dançar
E sempre te amar amor
E se o mundo cair
E se o céu despencar
Se rolar vendaval
Temporal carnaval
E se as águas correrem
Pro bem e pro mal
Quando o sol ressurgir
Quando o dia raiar
É menino e menina
Bambino, bambina
Pra quem tem que dar
No final do final
E se a noite pedir
E se a chama apagar
E se tudo dormir
O escuro cobrir
Ninguém mais ficar
Se for pra chorar
E uma rosa se abrir
Pirilampo luzir
Brilhar e sumir no ar
Se tudo falir
O mar acabar
E se eu nunca pagar
O quanto pedi
Pra você me dar
E se a sorte sorrir
O infinito deixar
Vou seguindo seguir
E quero teus lábios beijar

José Miguel Wisnik