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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Erico Verissimo

‎Se me pedissem para sugerir um símbolo gráfico para a idéia de Tempo, eu indicaria sem hesitação a imagem duma oliveira. Por quê? Talvez por causa de suas conotações bíblicas, pelo aspecto sofrido de seus troncos e galhos e por tudo quanto o óleo que o fruto dessa árvore produz tem a ver com a vida e a morte: o óleo do batismo, o óleo da extrema-unção, enfim, o óleo que mantém acesas as lâmpadas, não só a dos templos, mas todas as lâmpadas do mundo que iluminam a noite dos homens.

Erico Verissimo, em Solo de Clarineta, 1975, p. 202.




quinta-feira, 26 de abril de 2012

Erico Verissimo

O homem voltando-se sobre si mesmo em busca de unidade e de transparência, do seu mais íntimo eu ontológico, alcança o desenvolvimento da consciência, reconstrói o percurso do projeto pessoal, recorre à seqüência natural das idéias, revive por meio da memória o encadeamento lógico de causas e efeitos que constituíram seu caráter e seu destino, projetando-se à transcendência. Volta às suas origens e nelas encontra a fonte do momento presente.

Erico Verissimo, em “México”.

sábado, 24 de março de 2012

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Erico Verissimo - Fragmento

Desde criança fui possuído pelo demônio das viagens. Essa encantada curiosidade de conhecer alheias terras e povos visitou-me repetidamente a mocidade e a idade madura. Mesmo agora, quando já diviso a brumosa casa dos setenta, um convite à viagem tem ainda o poder de incendiar-me a fantasia. Na minha opinião, existem duas categorias principais de viajantes: os que viajam para fugir e os que viajam para buscar. Considero-me membro deste último grupo.

- Erico Verissimo, Solo de Clarineta. v. 2, p. 62.