Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
Mário Quintana
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sábado, 23 de março de 2013
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Mário Quintana
Vigilantes noturnos
Os que fazem amor não estão fazendo apenas amor: estão dando corda ao relógio do mundo.
Mário Quintana, in: Da Preguiça como Método de Trabalho, 1987.
Os que fazem amor não estão fazendo apenas amor: estão dando corda ao relógio do mundo.
Mário Quintana, in: Da Preguiça como Método de Trabalho, 1987.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Mário Quintana
As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui para satisfazer as delas. Temos que nos bastar, nos bastar sempre, e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.
Mário Quintana
Amém!
Mário Quintana
Amém!
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Mário Quintana
"...Até que um dia, por astúcia ou acaso, depois de quase todos os enganos, ela descobriu a porta do labirinto. Nada de ir tateando os muros como um cego. Nada de muros. Seus passos tinham - enfim – a liberdade de traçar seus próprios labirintos."
Mário Quintana
Mário Quintana
sexta-feira, 23 de março de 2012
Mário Quintana
No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...
Mário Quintana
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...
Mário Quintana
terça-feira, 6 de março de 2012
Mário Quintana - Bilhete
Bilhete
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Mário Quintana
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Mário Quintana
sábado, 3 de março de 2012
domingo, 26 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
A Carta - Mário Quintana
A Carta
Quando completei quinze anos, meu compenetrado padrinho me escreveu uma carta muito, muito séria: tinha até ponto-e-vírgula! Nunca fiquei tão impressionado na minha vida.
Mário Quintana
Quando completei quinze anos, meu compenetrado padrinho me escreveu uma carta muito, muito séria: tinha até ponto-e-vírgula! Nunca fiquei tão impressionado na minha vida.
Mário Quintana
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Mário Quintana
No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...
Mário Quintana
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...
Mário Quintana
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Mário Quintana
A vida está cheia de interferências indébitas, de acasos estúpidos,
de personagens errados que travam conosco desencontrados diálogos de surdos. A vida está atravancada de pormenores inúteis,
A vida parece um romance mal feito!
Mário Quintana
de personagens errados que travam conosco desencontrados diálogos de surdos. A vida está atravancada de pormenores inúteis,
A vida parece um romance mal feito!
Mário Quintana
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Mario Quintana - Pequeno poema didático
Pequeno poema didático
O tempo é indivisível. Dize,
Qual o sentido do calendário?
Tombam as folhas e fica a árvore,
Contra o vento incerto e vário.
A vida é indivisível. Mesmo
A que se julga mais dispersa
E pertence a um eterno diálogo
A mais inconsequente conversa.
Todos os poemas são um mesmo poema,
Todos os porres são o mesmo porre,
Não é de uma vez que se morre...
Todas as horas são horas extremas!
Mario Quintana
O tempo é indivisível. Dize,
Qual o sentido do calendário?
Tombam as folhas e fica a árvore,
Contra o vento incerto e vário.
A vida é indivisível. Mesmo
A que se julga mais dispersa
E pertence a um eterno diálogo
A mais inconsequente conversa.
Todos os poemas são um mesmo poema,
Todos os porres são o mesmo porre,
Não é de uma vez que se morre...
Todas as horas são horas extremas!
Mario Quintana
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Mário Quintana
Quero, um dia, dizer às pessoas que nada foi em vão... Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena.
Mário Quintana
Mário Quintana
sábado, 24 de dezembro de 2011
Mário Quintana
[Da calúnia]
Sorri com tranquilidade
Quando alguém te calunia.
Quem sabe o que não seria
Se ele dissesse a verdade...
Mário Quintana
Sorri com tranquilidade
Quando alguém te calunia.
Quem sabe o que não seria
Se ele dissesse a verdade...
Mário Quintana
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Presença - Mário Quintana
Presença
É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.
- Mario Quintana
É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.
- Mario Quintana
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
ANDANÇAS E ERRANÇAS - Mário Quintana
ANDANÇAS E ERRANÇAS (Mario Quintana, in A Vaca e o Hipogrifo, Publifolha, São Paulo, SP, 1977/1995)
O que os santos têm de mais sagrado são os pés. Por isso os antigos lhos beijavam. Pois os santos estáticos, esses que jamais andaram errando pelo mundo, os próprios anjos desconfiavam deles...
O que os santos têm de mais sagrado são os pés. Por isso os antigos lhos beijavam. Pois os santos estáticos, esses que jamais andaram errando pelo mundo, os próprios anjos desconfiavam deles...
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Mario Quintana
Fere de leve a frase... E esquece... Nada
Convém que se repita...
Só em linguagem amorosa agrada
A mesma coisa cem mil vezes dita.
Mario Quintana
Convém que se repita...
Só em linguagem amorosa agrada
A mesma coisa cem mil vezes dita.
Mario Quintana
sábado, 15 de outubro de 2011
Jardim das Borboletas - Mário Quintana
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
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