segunda-feira, 18 de julho de 2022

Alma - Platão

Publicação de Silvio Marchesini 

"Platão, no diálogo Fedro, trata da Teoria da Alma prisioneira ao dizer que a Alma, quando encarna, torna-se escrava dos sentidos materiais e vive uma espécie de “sonho”, em que apenas assiste, mas não participa. 

A Alma prisioneira não é deste mundo, tampouco precisa das necessidades físicas, psíquicas e mentais que nós geramos constantemente. As necessidades da Alma são outras, são valores que não se condicionam pelo tempo nem pelo espaço.

Conforme expõe bem o filósofo e professor da Nova Acrópole Portugal, José Carlos Fernandez:
“A alma não se alimenta dos frutos desta terra mas sim de outros, celestes; não necessita da aprovação alheia para fazer ou não fazer; não necessita de auto-estima porque naturalmente a tem; antes melhor estima aquilo que ama. 

Não se sente limitada pelo aqui e agora; nem pelo cárcere do tempo que separa, de acordo com a lei de causa e efeito mundana, o ontem, do hoje e do amanhã. 

Ama uma beleza que não é condicionada pela idade nem pelas circunstâncias, exibe uma bondade que é ela mesma, a sua própria essência e natureza; é, enfim, a verdadeira medida das verdadeiras acções; o selo de autenticidade no devir de valores relativos do mundo.”"