Mostrando postagens com marcador Federico Garcia Lorca. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Federico Garcia Lorca. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Federico Garcia Lorca

Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.
O barco por sobre o mar
e o cavalo na montanha.
Com a sombra na cintura
ela sonha na varanda,
verde carne, crina verdes,
com olhos de fria prata.
Verde que te quero verde.
Por sob a lua cigana
as coisas a estão fitando
e ela não pode fitá-las.

Verde que te quero verde.
As estrelas da geada
nascem com o peixe de sombra
que rasga o caminho à alvorada
A figueira esfrega o vento
na lixa da sua rama,
e o monte, gato manhoso,
eriça as piteiras acres.
Mas quem virá? E por onde?
Ela fica na varanda
Verde carne, tranças verdes
Sonhando no mar que amarga.

Federico Garcia Lorca



quinta-feira, 5 de julho de 2012

MADRIGAL A CIBDÁ DE SANTIAGO - Federico Garcia Lorca

Federico Garcia Lorca, retirado de Os Seis Poemas Galegos. 


Versão em galego



MADRIGAL A CIBDÁ DE SANTIAGO

Chove en Santiago
meu doce amor.
Camelia branca do ar
brila entebrecida ô sol.

Chove en Santiago
na noite escura.
Herbas de prata e de sono
cobren a valeira lúa.

Olla a choiva pol-a rúa,
laio de pedra e cristal.
Olla no vento esvaído
soma e cinza do teu mar.

Soma e cinza do teu mar
Santiago, lonxe do sol;
Agoa da mañán anterga
trema no meu corazón.

Tradução
 de Oscar Mendes

MADRIGAL À CIDADE DE SANTIAGO

Chove em Santiago
meu doce amor.
Caméla branca do ar
brilha sombria ao sol

Chove em Santiago
na noite escura
Ervas de prata e de sonho
cobrem a vadia lua

Olha a chuva pela rua
queixa de pedra e cristal
Olha no vento esvaído
sobra e cinza do seu mar

Sombra e cinza do teu mar
Santiago, longe do sol;
Água da da manhã antiga
treme no meu coração.




quarta-feira, 16 de maio de 2012

Madrigal - Federico Garcia Lorca

Madrigal

Mi beso era una granada,
profunda y abierta ;
tu boca era rosa
de papel.

El fondo un campo de nieve.

Mis manos eran hierros
para los yunques;
tu cuerpo era el ocaso
de una campanada.

El fondo un campo de nieve.

En la agujereada
calavera azul
hicieron estalactitas
mis te quiero.

El fondo un campo de nieve.

Llenáronse de moho
mis sueños infantiles,
y taladró a la luna
mi dolor salomónico.

El fondo un campo de nieve.

Ahora maestro grave
a la alta escuela,
a mi amor y a mis sueños
(caballitos sin ojos)

Y el fondo es un campo de nieve.

in "poesie" Garcia Lorca.




domingo, 25 de março de 2012

GRANADA - Federico Garcia Lorca

GRANADA
Federico Garcia Lorca

Granada, calle de Elvira, 
donde viven las manolas, 
las que se van a la Alhambra,
las tres y las cuatro solas.
Una vestida de verde,
otra de malva, y la otra,
un corselete escocés
con cintas hasta la cola.

Las que van delante, garzas
la que va detrás, paloma,
abren por las alamedas
muselinas misteriosas.
¡Ay, qué oscura está la Alhambra!
¿Adónde irán las manolas
mientras sufren en la umbría
el surtidor y la rosa?

¿Qué galanes las esperan?
¿Bajo qué mirto reposan?
¿Qué manos roban perfumes
a sus dos flores redondas?

Nadie va con ellas, nadie;
dos garzas y una paloma.
Pero en el mundo hay galanes
que se tapan con las hojas.
La catedral ha dejado
bronces que la brisa toma;
El Genil duerme a sus bueyes
y el Dauro a sus mariposas.

La noche viene cargada
con sus colinas de sombra;
una enseña los zapatos
entre volantes de blonda;
la mayor abre sus ojos
y la menor los entorna.

¿Quién serán aquellas tres
de alto pecho y larga cola?
¿Por qué agitan los pañuelos?
¿Adónde irán a estas horas?
Granada, calle de Elvira,
donde viven las manolas,
las que se van a la Alhambra,
las tres y las cuatro solas.
 

sábado, 2 de outubro de 2010

Poema - Federico Garcia Lorca

Eu pronuncio teu nome 
nas noites escuras, 
quando vêm os astros 
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.

Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.

Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!



Lorca























segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Garcia Lorca

Se as minhas mãos pudessem desfolhar
Eu pronuncio teu nome 
nas noites escuras, 
quando vêm os astros 
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.

Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.

Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!

Lorca