Mostrando postagens com marcador Câmara Cascudo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Câmara Cascudo. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 20 de setembro de 2012


‎Creio na bondade sem a garantia prévia da gratidão. Sem que se assegure da memória devedora. Sem que se estabeleça, pelo ato generoso, uma servidão vitalícia no beneficiado. Bondade paga-se no puro e simples ato de sua realização. Como um fruto justifica a existência útil da árvore. Bondade antevendo a recompensa é apólice de sociedade mutualista rendendo do capital intocável do favor inicial. Os pássaros não são devedores dos frutos e da água da fonte. Eles testificam, perante a natureza, a continuidade da missão cultural.

Câmara Cascudo, em "O Tempo e Eu".