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sábado, 14 de julho de 2012

e. e. cummings

e. e. cummings, tradução Augusto de Campos:

quando as serpentes paguem para ser serpentes
e o sol para ganhar seu pão recorra à greve -
quando o espinho olhe a rosa com suspeita
e o arco-íris faça seguro contra a neve

quando o tordo nenhum puder cantar enquanto
todos os mochos não fizerem a censura
- e os mares tenham que fechar para balanço
se as ondas não tiverem posto a assinatura

quando o carvalho pedir vênia ao vidoeiro
para gerar seu fruto - o vale casse a vista
dos montes, porque são altos, e fevereiro
acuse março de ser terrorista

então acreditaremos nessa incrí
vel humanidade inanimal (e só aí)

------------------------------

(plu
mas plu
viais

:sonho
de relva sob
re selva &;

que
m pode ser
tão

su
!a!
ve

?ni
ngu
ém)

-------------------------------

i (abe) mó

v
e (lha) l
você (n
a) está (ú
nica)

dorm (rosa) indo

-------------------------------

o velho prega
cartazes
Fique
A Distância) &

o jovem os ar
ranca (o
velho
grita Não

Ultra) & (pas)
o jovem ri
(se
o velho

ralha Proib
ido Pare
Não De
ve Não Pode

&) o jovem vai
em frente
fic
ando velho

--------------------------------

d(oo)is

OlhO
s(viv
os)v
êe

m(ensIno)e

que(s
e
vão)
e

f(E)u(U)i

------------------------------------

so

(l
f
o

l)l

(ha
c
ai)

itude




quinta-feira, 29 de março de 2012

E. E. Cummings

i like my body when it is with your
body. It is so quite new a thing.
Muscles better and nerves more.
i like your body. i like what it does,
i like its hows. i like to feel the spine
of your body and its bones, and the trembling
-firm-smooth ness and which i will
again and again and again
kiss, i like kissing this and that of you,
i like, slowly stroking the, shocking fuzz
of your electric fur, and what-is-it comes
over parting flesh… And eyes big love-crumbs,

and possibly i like the thrill

of under me you so quite new

E. E. Cummings

terça-feira, 27 de março de 2012

E. E. Cummings

i like my body when it is with your
body. It is so quite new a thing.
muscles better and nerves more.
i like your body. i like what it does,
i like its hows.

e. e. cummings

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

E. E. Cummings

Não será sempre assim... Quando não for,
Quando teus lábios forem de outro; quando
 No rosto de outro o teu suspiro brando
Soprar...Se tal acontecer , fala-me.
Irei procurá-lo, dizer-lhe num sorriso:
Goza a ventura de que já gozei.


E. E. Cummings

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

BrIlha - E.E. Cummings

A Função do Amor é Fabricar Desconhecimento

a função do amor é fabricar desconhecimento

(o conhecido não tem desejo;mas todo o amor é desejar)
embora se viva às avessas,o idêntico sufoque o uno
a verdade se confunda com o facto,os peixes se gabem de pescar

e os homens sejam apanhados pelos vermes(o amor pode não se
importar
se o tempo troteia,a luz declina,os limites vergam
nem se maravilhar se um pensamento pesa como uma estrela
—o medo tem morte menor;e viverá menos quando a morte acabar)

que afortunados são os amantes(cujos seres se submetem
ao que esteja para ser descoberto)
cujo ignorante cada respirar se atreve a esconder
mais do que a mais fabulosa sabedoria teme ver

(que riem e choram)que sonham,criam e matam
enquanto o todo se move;e cada parte permanece quieta:


pode não ser sempre assim;e eu digo
que se os teus lábios,que amei,tocarem
os de outro,e os teus ternos fortes dedos aprisionarem
o seu coração,como o meu não há muito tempo;
se no rosto de outro o teu doce cabelo repousar
naquele silêncio que conheço,ou naquelas
grandiosas contorcidas palavras que,dizendo demasiado,
permanecem desamparadamente diante do espírito ausente;

se assim for,eu digo se assim for—
tu do meu coração,manda-me um recado;
para que possa ir até ele,e tomar as suas mãos,
dizendo,Aceita toda a felicidade de mim.
E então voltarei o rosto,e ouvirei um pássaro
cantar terrivelmente longe nas terras perdidas.




domingo, 23 de outubro de 2011

Poema de nº 33 do livro 95 POEMS - E. E. CUMMINGS

Poema de nº 33 do livro 95 POEMS - E. E. CUMMINGS


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sábado, 1 de outubro de 2011

E. E. Cummings

Não ser ninguém a não ser você mesmo,
num mundo que faz todo o possível, noite e dia,
para transformá-lo em outra pessoa –
significa travar a batalha mais dura
que um ser humano pode enfrentar;
e, essencialmente, jamais parar de lutar
E. E. Cummings

terça-feira, 5 de julho de 2011

Somewhere i have never travelled - E. E. Cummings

Somewhere i have never travelled (E. E. Cummings)

somewhere i have never travelled, gladly beyond
any experience, your eyes have their silence:
in your most frail gesture are things which enclose me,
or which i cannot touch because they are too near

your slightest look easily will unclose me
though i have closed myself as fingers,
you open always petal by petal myself as Spring opens
(touching skilfully, mysteriously) her first rose

or if your wish be to close me, i and
my life will shut very beautifully, suddenly,
as when the heart of this flower imagines
the snow carefully everywhere descending;

nothing which we are to perceive in this world equals
the power of your intense fragility: whose texture
compels me with the color of its countries,
rendering death and forever with each breathing

(i do not know what it is about you that closes
and opens;only something in me understands
the voice of your eyes is deeper than all roses)
nobody, not even the rain,has such small hands

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em algum lugar que eu nunca estive, muito além
de qualquer experiência, teus olhos têm um silêncio próprio:
em teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,
ou que não posso tocar de tão próximas

teu olhar mais sutil é capaz de me revelar
embora eu tenha me fechado como dedos,
sempre me abres pétala por pétala, como a Primavera 
(tocando com habilidade e mistério) abre sua primeira rosa

mas se teu desejo for me fechar, eu e 
minha vida vão se fechar lindamente, de repente
tal quando o coração dessa flor sente
a neve cuidadosamente escorrer por toda parte;

nada que é perceptível nesse mundo se iguala
ao poder da tua intensa fragilidade: cuja textura
me arrasta com as cores de seus campos
se entregando à morte e à eternidade a cada suspiro 

(eu não sei o que é isso que te dá o poder
de me fechar e abrir; só uma parte de mim compreende
que a voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas)
ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão delicadas

(tradução: Ulysses Ferraz)

quarta-feira, 16 de março de 2011

E. E. cummings

love is the every only god. e. e. cummings




kisses are a better fate than wisdom. e. e. cummings






Desenho Leonora Fink

E. E. Cummings

I'd rather learn from one bird how to sing
than teach ten thousand stars how not to dance.


e. e. cummings





Bird of flames, fonte Google