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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Confissão - Adriano Nunes

                      CONFISSÃO

Adriano Nunes


uma coisa que não canso de proferir (digo & repito aos quatro ventos) é que:
belezas não nasceram para exclusão, nasceram para complementaridade
sinto que a poesia, os poetas e os leitores só têm a ganhar com as singularidades de cada voz poética.
percebo que me torno melhor sendo o eco de tantas vozes divergentes; acumulo saberes.
detesto enquadramentos. 
abomino rótulos.
não suporto classificações. 
sinto-me fora de tudo: fora de esquadro, fora de foco, fora do centro. o trabalho que desempenho não tem nome, não pede enquadramento, rótulo ou classificação.
por isso absorvo tantos vates, sem pré-conceitos. acima de tudo, o que busco é autenticidade. e a autenticidade, senhores, pode ser encontrada em qualquer livro-ambiente. basta o ser: autêntico.