CONFISSÃO
Adriano Nunes
uma coisa que não canso de proferir (digo & repito aos quatro ventos) é que:
belezas não nasceram para exclusão, nasceram para complementaridade.
sinto que a poesia, os poetas e os leitores só têm a ganhar com as singularidades de cada voz poética.
percebo que me torno melhor sendo o eco de tantas vozes divergentes; acumulo saberes.
detesto enquadramentos.
abomino rótulos.
não suporto classificações.
sinto-me fora de tudo: fora de esquadro, fora de foco, fora do centro. o trabalho que desempenho não tem nome, não pede enquadramento, rótulo ou classificação.
por isso absorvo tantos vates, sem pré-conceitos. acima de tudo, o que busco é autenticidade. e a autenticidade, senhores, pode ser encontrada em qualquer livro-ambiente. basta o ser: autêntico.