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sábado, 25 de maio de 2013

Alma Welt - Sobre a alma

A simpatia e a superficie, o vernis de uma alma amorosa. A alma mesma e crua, em carne viva. Frequentemente assusta...

Alma Welt

sexta-feira, 27 de julho de 2012

A Verdade - de Alma Welt

A Verdade (de Alma Welt)

Perdoai-me, Senhores da verdade,
Nunca soube o que ela venha a ser.
Meu pai ensinou-me a lealdade
Como uma das virtudes, não dever,

E o começo, o ponto de partida,
Pois me dizia que isso bastaria,
Que a verdade já nasce dividida
Entre Jacó, Labão, Raquel e Lia...

E que o próprio Cristo se calara
A cerca dela questionado por Pilatos,
Aquela pragmática avis rara.

Então me dei conta que a verdade
É uma emanação pura dos fatos
E de todo coração em saciedade...

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Alma Welt - por Guilherme de Faria

Se observarmos atentamente a estória de nossa criação no Gênesis, podemos perceber que Adão e Eva eram um casal muito puro e até ingênuo. Tenho muita pena deles, certamente não mereciam tão severa punição...


Alma Welt

segunda-feira, 12 de março de 2012

Alma Welt - Pensamento - por Guilherme de Faria

Queres conhecer profundamente um determinado ser humano? Observa-o atentamente mas sem julgá-lo, se fores capaz... O julgamento faz parte do que és tu mesmo, não do outro. Mas advirto que só o amor consegue isso. Já a paixão... esta te cega às raias do delírio.


Alma Welt

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Alma Welt - Guilherme de Faria

As pessoas mais empenhadas em atacar os defeitos e crimes do mundo são a menos preocupadas em desenvolver virtudes nelas mesmas. Reparem que os mais defeituosos são os que mais criticam... 


Alma Welt

Alma Welt - por Guilherme de Faria,

O ser apaixonado se vê no centro do coração da Vida, que é limítrofe do coração da Morte. Por isso às vezes se despenha...


Alma Welt

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Alma Welt - Pensamento - por Guilherme de Faria

‎A vida pode ser um território compartilhado ou de disputa. Cabe a cada um de nós decidir a atitude com a qual viveremos nesta terra. O território de disputa é muito pequeno e poucos o dividirão a ferro, fogo e ranger de dentes... enquanto o compartilhado é imenso e cabemos todos nele...


Alma Welt

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A ilha dos sem-muros (de Alma Welt) - por Guilherme de Faria

http://www.overmundo.com.br/banco/nau-pirata-mais-sonetos-recem-descobertos-de-alma-welt#.Tz1M_yqzzVI.facebook


A ilha dos sem-muros (de Alma Welt)

Também eu canto de amor, impenitente,
Já que amo e amada sou por meu irmão,
Mas tão logo condenada pela gente
Que segue a norma, a lei e o padrão.

Mas, vede, um grande amor se sobrepõe
Às regras arbitrárias e as afronta
Qual aquele que o grande bardo conta
E no ápice do amor humano põe.

E tentei, bah, como! e ainda tento
Vencer a maré dos descontentes
Às custas do verbo e do talento

Navegando numa nau de versos puros
Em que vamos, ele e eu, pelos poentes,
À Ilha dos que desconhecem muros...

(sem data)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Alma Welt - Pensamento - por Guilherme de Faria,

‎Amar a vida é vivê-la em profundidade e responsabilidade. É o contrário de ser fútil. Por isso a futilidade é tão detestável aos olhos do coração profundo: a futilidade é alheia ao verdadeiro amor. Alma Welt

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Alma Welt - por Guilherme de Faria

‎O verdadeiro pensador não dá conselhos, pois estes em geral são inúteis, mesmo quando sábios. Há qualquer coisa de profundamente arrogante em se dar conselhos. Tenho para mim que é melhor dizer o que se pensa, ao léu, e deixar as pessoas escolherem as suas palavras. Mais ou menos como a chuva...


Alma Welt

domingo, 22 de janeiro de 2012

Alma Welt - por Guilherme de Faria

‎"Quisera convocar todos à Poesia, mas dei-me conta de que é cedo, de que há em torno mestres mais categorisados a fazê-lo, e que por modéstia não o fizeram tão solenemente, simplesmente cantaram. Sim, queria compartir minha alegria e entusiasmo, afinal juvenil... Entretanto uma tristeza renitente se intromete e me constrange. E eis então que a Musa me encoraja: "Canta, guria, que a tristeza compartilhada transfigura-se na alma em Beleza, na mesma comoção que a Alegria. Canta tua alegria e chora tua dor, sem culpa... a roda está aberta, agora é a tua vez..." (Alma Welt)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Alma Welt - por Guilherme de Faria

‎A Vida mantém o seu Mistério, que há milênios resiste à nossa curiosidade, às nossas ciências, às nossas investigações. Eis aí a sabedoria da própria Vida. Pois se ela nos desse certezas, fatalmente as banalizaríamos e a Vida deixaria de ser sagrada até para nós, os que a reverenciamos, os que lutamos por ela...


Alma Welt

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Alma Welt - por Guilherme de Faria

‎O sentido da Beleza é tão universal que podemos constatá-lo nos animais quando se exibem para o acasalamento, e também nas flores para os insetos polinizadores. Paradoxalmente, só amor distorce essa visão. Certamente para ampliá-la...
Alma Welt

sábado, 24 de dezembro de 2011

Alma Welt

Se não pudermos abrir o coração e contar tudo para um outro ser humano, um único que seja, teremos passado como uma ficção, uma sombra ou uma máscara dissimuladora... pela vida. Quanto a mim, escancarei o coração para o mundo nos meus versos, não me falseei, não me poupei, não me resguardei mesmo ao custo do despudor e, por vezes, do patético...Alma Welt

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Alma Welt - Livro de Sonetos, Rio Grande do Sul

PARADOXO
Que mais posso escrever? perguntaria,

Se preciso fosse achar assunto…
Mas aquilo que nascer precisaria
Virá à luz sem aquilo que pergunto

Pois tão imperioso é o poema

Que tantas vezes temo o que virá,
E o suspense que antecede o tema
É prazer, sofrimento e… Deus dará.

Aquilo que surgiu é verdadeiro

Pelo fato de estar no mundo agora
Como filho de alguém que foi embora,

E que é melhor nem saber o paradeiro.

Mas qual a fonte mesma deste verso
Que falhou em refletir meu universo?

A MOIRA
Ser prudente, modesta, equilibrada,

São coisas que nunca consegui;
Aceitar a pequenez como jornada
No mundo real em que me vi,

Jamais pude acatar e me rebelo

Somente por ser Alma e ignorar
Tudo o que mesmo não for belo
Ou que em beleza não possa transformar.

Meu consolo é que pouco desta vida

Não se pode em arte e graça revelar
Em sua bela imagem refletida.

Só a Moira me é ainda estranha

Como uma estrangeira em nosso lar
Que há muito se hospedou e não se banha…

ANTI-SONETO
Hoje decidi não escrever.

Sinto muito, não haverá soneto.
Não se trata de inspiração não ter,
Mas me faltou este quarteto.

O segundo me parece duvidoso:

É este que só quer aparecer.
Sem ter realmente o que dizer
Poderá criar um círculo vicioso.

Então me reduzi a um terceto:

O próximo, se este me resvale
E seja só um prólogo ou moteto.

Mas pensando bem, é melhor não:

Esta montanha é apenas o seu vale,
Ou uma torre que é só o rés do chão…

AMOR E ARTE (II)
Francamente eu preferia a Morte

Se na vida não mais houvesse Arte.
Sei que é radical e muito forte
Proclamá-lo aqui e em qualquer parte.

Mas Amor é básico e irradiante

E faz rodar a Terra no seu eixo,
O sol e outras estrelas, disse Dante,
(para citar il Vate no seu fecho)…

Se é a Arte que a vida nos sublima

Com as cores mais belas da paleta,
O Amor é quem pinta e ilumina,

Faz obra-prima de simples garatuja,

Cria um Iris em pincelada preta,*
E torna lindo o filho da coruja…

UM ETERNO RETORNO
Os vikings, germanos e outros mais,

Morrer só desejavam com bravura,
Assim como os antigos samurais,
Pra voltar à mesma senda e vida dura.

Assim também est’Alma louca aqui,

Cedo tomada pela arte da Poesia,
Bem cedo irei morrer em nostalgia
Desta vida que, escrevendo, revivi.

Embora alguns bem cheios de revolta,

Acredito que os poetas são divinos…
Mas Deus com suficiente à sua volta

Relança sobre a terra os mais sofridos

Pela saudade dos ventos e dos sinos.
E bá! Tome mais cantos e alaridos!

O MESMERISTA
Meu irmão convidou um jogador,

Seu colega aventureiro e “mesmerista”,
Que dizia anular qualquer pudor
Até de antiga freira ou normalista.

E que usara esse poder para vencer

No pôquer, o que quase lhe custara
A vida e mais um olho de sua cara
Retirado a canivete, sem tremer.

Mas a pedido dele em reservado,

Deixei caolho-rei dos fascinantes
Exercer o seu dom em pleno prado…

E voltei com o olhar esgazeado

Com passos abertos, claudicantes,
E o ar pleno e perdido das amantes…

A RISADA DA CAVEIRA
O estranho fato de existir a Morte

Só pode ser de Deus a brincadeira
De mau gosto, feia, um tanto forte.
Senão, vejam a risada da caveira:

Seu riso alvar, sarcástico, grotesco,

E o corpo estilizado de fantoche
Do mais puro estilo picaresco
De escultor chegado no deboche.

Também não dá pra gostar da fedentina

Do banquete dos vermes que outrora
Os poetas chamavam de vermina.

Perdoe-me o fiel que tanto reza,

Que acha tudo belo e tudo preza,
E não vê o absurdo sob a aurora…

DE POETAS E POESIA
Poetas somos poucos, não adianta

Dizerem que é qual serviço público
Ou que poeta almoça mas não janta,
Que hoje o leitor é tão abúlico…

A poesia não morreu, está presente

Nas letras das canções que o povo canta
E deixa n’alma a tal rara semente
Que morre, germina e logo encanta.

A Poesia está em tudo, é parceira

Do homem do povo no seu dia,
Que sem ela ninguém suportaria

Vir ao Hotel Mundo em dura estada

Ou nascer de cruel parto sem parteira,
Se não temos mais Queen Mab, nossa fada…

O VÍCIO DO SONETO

Sim, preciso afinal me confessar:

Estou mesma viciada no soneto,
E como em consultório não me meto,
Esse vício vai por certo me matar.

Pois já ando com lápis e bloquinho,

E até com o toco atrás da orelha,
Como o da padaria, lá, do Minho,
Pro verso que me dará na telha,

Pulando um riacho ou na campina,

A brincar com os infantes no jardim,
Até no leito, que não mais de menina,

Onde em ondas de múltiplos orgasmos

Me pego a ver tercetos dentro em mim,
E sílabas contar por entre espasmos…

A VIDA
A vida, meu amigo, é tão estranha

Que não fosse o risco de uma rima
Eu diria que é a teia de uma aranha
E no centro está aquela que dizima.

Ou então que a vida é uma aventura

Num trem fantasma de verdade
Em que os companheiros de tortura
Vão sumindo a cada feia novidade.

Ou ainda que a vida é uma trapaça

E que somos nós o trapaceiro
Vendedor de elixires de cachaça

Para nós e até para os amados

A quem amor juramos, verdadeiro,
Quando mal suportamos nossos Fados.

O SENTIDO DA VIDA
Viver é já por si um bom mistério

Sem resposta no plano da razão
E somente um suposto plano etéreo
Vem ainda alimentar nossa ilusão.

Pois se pensarmos muito no sentido

De estar aqui a comer e ver televisão,
Mesmo sendo um filme divertido,
Ou pior: americano e… de ação,

É pouco, muito pouco e fim de linha

Para uma caminhada tão sofrida,
Já que a humanidade assim caminha.

Mas ser poeta é encontrar o tempo todo

A beleza até na Morte, para a Vida,
A tal da flor a brotar em meio ao lodo…

O PACTO
A vida, meu amigo, não perdoa

O menor engano, erro ou deslize
E cobrará de modo que te doa
Seja aqui, em Paris ou em Belize.

Não poderás fugir pra Patagônia

Se na hora mesma da conquista
Trocares uma rosa por begônia,
E essa não for a flor bem quista.

E se pela atração de suas peles

Casares com um ser incompatível,
Acordo que nem sabes quando seles

E que o Tempo cobrará, embora lento,

Verás que os orgasmos de um momento
Se tornaram essa tua vida horrível…

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Alma Welt - por Guilherme de Faria

‎Sempre desconfiei da palavra "diversão". A arte verdadeira não é diversão, nem "entretenimento". As artes, todas, são formas de expressar nossa insatisfação, nossa perplexidade, nossa angústia e sobretudo nossa rebeldia diante do destino humano. "Mas... a beleza? " perguntarão." Para quê serve, então?" Ah! Essa é a suprema rebeldia, uma provocação, um arremedo da divindade em nós mesmos... 


Alma Welt

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Alma Welt, por Guilherme de Faria

‎O ódio inferioriza uma pessoa diante do odiado. Também o desprezo tem o mesmo efeito. Não odeies o odioso nem desprezes o desprezível. Isso é que é difícil, isso é que é admirável... (Alma Welt)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Amor e Paixão - Alma Welt

‎O amor foi confundido com a paixão até o começo do século XX. Somente em tempos recentes fazemos distinção entre estes dois sentimentos. Durante todo o período do Romantismo, do século XIII ao XIX, amor e paixão foram praticamente sinônimos em obras clássicas. Camões em seu famoso soneto sobre o amor, descreve essencialmente a paixão, em suas características mais dolorosas. A partir do começo do século passado, com a Psicanálise, começamos a distingüi-los, a estes dois gigantes da Alma... Carl Jung, por exemplo, dizia que quando um indivíduo se apaixona, projeta a sua própria anima no objeto de sua paixão, tornando-se incapaz de vê-lo tal qual ele é. Alma Welt

Alma Welt e Guilherme de Faria - Amor e paixão

‎O amor foi confundido com a paixão até o começo do século XX. Somente em tempos recentes fazemos distinção entre estes dois sentimentos. Durante todo o período do Romantismo, do século XIII ao XIX, amor e paixão foram praticamente sinônimos em obras clássicas. Camões em seu famoso soneto sobre o amor, descreve essencialmente a paixão, em suas características mais dolorosas. A partir do começo do século passado, com a Psicanálise, começamos a distingüi-los, a estes dois gigantes da Alma... Carl Jung, por exemplo, dizia que quando um indivíduo se apaixona, projeta a sua própria anima no objeto de sua paixão, tornando-se incapaz de vê-lo tal qual ele é. Alma Welt


Por isso, quando um indivíduo, homem ou mulher, se apaixona e descreve ou apresenta o objeto de seu "amor"' para os amigos, estes sorriem condescendentes, abanando as cabeças. Eles estão vendo uma pessoa completamente diferente, sem nenhuma daquelas "qualidades", principalmente a beleza... Guilherme de Faria