Dois textos de Virginia Woolf que mostram seu desespero e sua luta para não sucumbir à depressão:
“Qualunque cosa succeda, resta viva.
Non morire prima di essere morta davvero.
Non perdere te stessa, non perdere la speranza, non perdere la direzione.
Resta viva, con tutta te stessa, con ogni cellula del tuo corpo, con ogni fibra della tua pelle.
Resta viva, impara, studia, pensa, costruisci, inventa, crea, parla, scrivi, sogna, progetta.
Resta viva, resta viva dentro di te, resta viva anche fuori, riempiti dei colori del mondo, riempiti di pace, riempiti di speranza.
Resta viva di gioia.
C'è solo una cosa che non devi sprecare della vita, ed è la vita stessa.”
Virginia Wolf (1882-1941), Resta viva, 1929
“Acordei talvez às três horas. Ah está começando, está vindo - o horror - fisicamente como uma dolorosa onda avolumando-se na região do coração; ela me sacode. Eu sou infeliz, infeliz! Derrotada - Meu Deus, eu queria estar morta! Pausa. Mas por que tenho que sentir isso? Deixe-me ver como a onda se forma. Eu vejo. Vanessa. Crianças. O fracasso. Sim é o que percebo. Fracasso, fracasso! (A onda se ergue). Oh, eles caçoaram de mim por causa do meu gosto por tinta verde! (A onda se quebra) Eu queria estar morta! Tenho apenas uns poucos anos de vida suponho. Já não consigo mais enfrentar este horror!”
Anotação de Virginia Woolf em seu diário no dia 15 de setembro de 1926, a propósito das crises depressivas que a atacavam como se fossem movimentos de uma onda avassaladora. Reparem que ela tenta entender como a depressão cai sobre seu corpo e como seus pensamentos expressam sua percepção.
