sexta-feira, 2 de março de 2012

Manuel Bandeira - Ubiquidade

Estás em tudo que penso, 
Estás em quanto imagino;
Estás no horizonte imenso, 
Estás no grão pequenino. 
Estás na ovelha que pasce, 
Estás no rio que corre;
Estás em tudo que nasce,
Estás em tudo que morre.
Em tudo estás, nem repousas,
Ó ser tão mesmo e diverso!
( Eras no início das cousas,
Serás no fim do universo.)
Estás na alma e nos sentidos.
Estás no espírito, estás
Na letra, e, os tempos cumpridos,
No céu, no céu estarás. 



Manuel Bandeira - Ubiquidade

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