Monólogo
Oh não! muito obrigado!
Pra depois outro e mais outro...
Basta o que me vai por dentro,
Amargo de alma de moço
Deste século safado.
Cigarro? Para que cigarro?
Basta Mussolini, Trotsky,
A Neoescolástica, Freud,
Crise, mulheres, cinema
E a p... que te pariu.
Não insista mais, ouviu?
Sou desgraçado. Não fumo.
O engraçado é que eu fumo e muito. Mas o poema é sinceríssimo.
Carta a Manuel Bandeira, 1929 - Mário de Andrade
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente e deixe seu nome e e-mail, aguarde para receber a resposta, por favor. Agradeço sua participação. Abraço.