quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Carlos Drummond de Andrade.

No chão me deito à maneira dos desesperados. Estou escuro, estou rigorosamente noturno, estou vazio, esqueço que sou um poeta, que não estou sozinho, preciso aceitar e compor, minhas medidas partiram-se, mas preciso, preciso, preciso. Rastejando, entre cacos, me aproximo. Não quero, mas preciso tocar pele de homem, avaliar o frio, ver a cor, ver o silêncio, conhecer um novo amigo e nele me derramar. 


Carlos Drummond de Andrade.

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