domingo, 23 de outubro de 2011

Elisa Lucinda - O livro das Horas - A Fúria da beleza

Acontece às vezes e não avisa.
A coisa estarrece e abre-se um portal.
É uma dobradura do real, uma dimensão dele,
uma mágica à queima-roupa sem truque nenhum.
Porque é real.
Doeu a flor em mim tanto e com tanta força
que eu dei de soluçar!
O esplendor do que eu vi era pancada,
era baque e era bonito demais!
sabe como é?
Violenta, às vezes, de tão bela, a beleza é!

Elisa Lucinda - O livro das Horas - A Fúria da beleza

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