Sevilha é única cidade
que soube crescer sem matar-se.
Cresceu do outro lado do rio ,
cresceu ao redor, como os circos,
conservando puro seu centro,
intocável, sem que seus de dentro
tenham perdido a intimidade;
que ela só , entre todas as cidades,
pode o aconchego de mulher ,
pode o macio existir do mel ,
que outrora guardava nos pátios
e hoje é de todo antigo bairro.
João Cabral de Mello Neto, SEVILHA E O PROGRESSO
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