sexta-feira, 8 de julho de 2011

Cruzeiro 2011 - Viagem

Itinerário de excursão
DiaCidadeDescrição
08-novAnkara, Turkey
09-novAnkara, Turkey /
Nevsehir, Turkey
10-novNevsehir, Turkey
11-novNevsehir, Turkey /
Istambul, Turquia
12-novIstambul, Turquia
Itinerário de navegação
DiaPortoChegadaPartidaAtividade
12-novIstambul, Turquia
13-novIstambul, Turquia 14:00Atracado
14-novMíconos, Grécia 08:00 18:00Barco auxiliar
15-novKusadasi (Éfeso), Turquia 07:00 18:00Atracado
16-novPiraeus (Atenas), Grécia 07:00 18:00Atracado
17-novNavegando
18-novValletta, Malta 07:00 16:00Atracado
19-novCagliari (Sardenha), Itália 10:00 18:00Atracado
20-novNavegando
21-novMálaga, Espanha 08:00 19:00Atracado
22-novCádiz, Espanha 07:00 16:00Atracado
23-novLisboa, Portugal 05:00
*** Todos os itinerários estão sujeitos à alteração sem aviso prévio. Confirme seu itinerário na página Rever antes de adquirir seu cruzeiro.


Itinerário de navegação
DiaPorto  ***ChegadaPartidaAtividade
25-novLisboa, Portugal 17:00
26-novNavegando
27-novLanzarote, Ilhas Canárias 07:00 16:00Atracado
28-novLas Palmas, Grande Canária 07:00 17:00Atracado
29-novTenerife, Ilhas Canárias 07:00 17:00Navegando
30-novNavegando
01-dezNavegando
02-dezNavegando
03-dezNavegando
04-dezNavegando
05-dezNavegando
06-dezSalvador, Bahia, Brasil 08:00 17:00Atracado
07-dezNavegando
08-dezRio de Janeiro, Brasil 08:00 17:00Atracado
09-dezSão Paulo (Santos), Brasil 07:00




http://www.royalcaribbean.com.br/findacruise/ships/class/ship/home.do?br=R&shipClassCode=VI&shipCode=VI
Vision of the seas
Royal Caribbean

Gracias a la vida - Violeta Parra - Mercedes Sosa

Gracias A La Vida  
Violeta Parra

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio dos luceros que cuando los abro
Perfecto distingo lo negro del blanco
Y en el alto cielo su fondo estrellado
Y en las multitudes el hombre que yo amo

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado el oído que en todo su ancho
Graba noche y día grillos y canarios
Martirios, turbinas, ladridos, chubascos
Y la voz tan tierna de mi bien amado

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado el sonido y el abecedario
Con él, las palabras que pienso y declaro
Madre, amigo, hermano
Y luz alumbrando la ruta del alma del que estoy amando

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la marcha de mis pies cansados
Con ellos anduve ciudades y charcos
Playas y desiertos, montañas y llanos
Y la casa tuya, tu calle y tu patio

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro el bueno tan lejos del malo
Cuando miro el fondo de tus ojos claros

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto
Así yo distingo dicha de quebranto
Los dos materiales que forman mi canto
Y el canto de ustedes que es el mismo canto
Y el canto de todos que es mi propio canto

Gracias a la vida, gracias a la vida


Mercedes Sosa - Solo le Pido a Dios

Solo le Pido a Dios




lyrics by LEON GIECO
Sólo le pido a Dios
Que el dolor no me sea indiferente,
Que la reseca muerte no me encuentre
Vacío y solo sin haber hecho lo suficiente.

Sólo le pido a Dios
Que lo injusto no me sea indiferente,
Que no me abofeteen la otra mejilla
Después que una garra me arañó esta suerte.

Sólo le pido a Dios
Que la guerra no me sea indiferente,
Es un monstruo grande y pisa fuerte
Toda la pobre inocencia de la gente.

Sólo le pido a Dios
Que el engaño no me sea indiferente
Si un traidor puede más que unos cuantos,
Que esos cuantos no lo olviden fácilmente.

Sólo le pido a Dios
Que el futuro no me sea indiferente,
Desahuciado está el que tiene que marchar
A vivir una cultura diferente.





Mario Quintana - Poesia

‎"Os poemas
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti..."



Mario Quintana

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Erros e acertos - Leonora Fink

O passado, assim como o presente se compõe de inúmeros planos, pontos de vista, pessoas, lugares, tempos. Somos seres humanos envolvidos na complexidade, aprendemos com erros, acertos e também com aquilo que vivemos a cada instante, seria bom apagar erros, mas talvez com isto estaríamos fadados à repetição. A vida é maravilhosa, apesar de tudo o que sofremos e lutamos para superar. A vida não é justa, a vida é para lutar e isto é o que nos estimula e fortalece. Leonora Fink

terça-feira, 5 de julho de 2011

Somewhere i have never travelled - E. E. Cummings

Somewhere i have never travelled (E. E. Cummings)

somewhere i have never travelled, gladly beyond
any experience, your eyes have their silence:
in your most frail gesture are things which enclose me,
or which i cannot touch because they are too near

your slightest look easily will unclose me
though i have closed myself as fingers,
you open always petal by petal myself as Spring opens
(touching skilfully, mysteriously) her first rose

or if your wish be to close me, i and
my life will shut very beautifully, suddenly,
as when the heart of this flower imagines
the snow carefully everywhere descending;

nothing which we are to perceive in this world equals
the power of your intense fragility: whose texture
compels me with the color of its countries,
rendering death and forever with each breathing

(i do not know what it is about you that closes
and opens;only something in me understands
the voice of your eyes is deeper than all roses)
nobody, not even the rain,has such small hands

-----------------------------------------------------------

em algum lugar que eu nunca estive, muito além
de qualquer experiência, teus olhos têm um silêncio próprio:
em teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,
ou que não posso tocar de tão próximas

teu olhar mais sutil é capaz de me revelar
embora eu tenha me fechado como dedos,
sempre me abres pétala por pétala, como a Primavera 
(tocando com habilidade e mistério) abre sua primeira rosa

mas se teu desejo for me fechar, eu e 
minha vida vão se fechar lindamente, de repente
tal quando o coração dessa flor sente
a neve cuidadosamente escorrer por toda parte;

nada que é perceptível nesse mundo se iguala
ao poder da tua intensa fragilidade: cuja textura
me arrasta com as cores de seus campos
se entregando à morte e à eternidade a cada suspiro 

(eu não sei o que é isso que te dá o poder
de me fechar e abrir; só uma parte de mim compreende
que a voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas)
ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão delicadas

(tradução: Ulysses Ferraz)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Juliette Greco - Parlez-moi d`Amour

(Edith Piaf cover / Live at Olympia, Paris, on July 7 1995)

Parlez-moi d'amour,
Redites-moi des choses tendres.
Votre beau discours,
Mon coeur n'est pas las de l'entendre.
Pourvu que toujours
Vous ripitiez ces mots suprjmes:
Je vous aime.

Vous savez bien
Que dans le fond je n'en crois rien
Mais cependant je veux encore
Icouter ce mot que j'adore.
Votre voix aux sons caressants
Qui le murmure en frimissant
Me berce de sa belle histoire
Et malgri moi je veux y croire.

Il est si doux,
Mon cher trisor, d'jtre un peu fou.
La vie est parfois trop amhre
Si l'on ne croit pas aux chimhres.
Le chagrin est vite apaisi
Et se console d'un baiser.
Du coeur on guirit la blessure
Par un serment qui le rassure. 

domingo, 3 de julho de 2011

João Cabral de Melo Neto - A palo seco

A palo seco

1.1.
Se diz a palo seco
o cante sem guitarra;
o cante sem; o cante;
o cante sem mais nada;
se diz a palo seco
a esse cante despido:
ao cante que se canta
sob o silêncio a pino.
1.2.
O cante a palo seco
é o cante mais só:
é cantar num deserto
devassado de sol;
é o mesmo que cantar
num deserto sem sombra
em que a voz só dispõe
do que ela mesma ponha.
1.3.
O cante a palo seco
é um cante desarmado:
só a lâmina da voz
sem a arma do braço;
que o cante a palo seco
sem tempero ou ajuda
tem de abrir o silêncio
com sua chama nua.
1.4.
O cante a palo seco
não é um cante a esmo:
exige ser cantado
com todo o ser aberto;
é um cante que exige
o ser-se ao meio-dia,
que é quando a sombra foge
e não medra a magia.
2.1.
O silêncio é um metal
de epiderme gelada,
sempre incapaz das ondas
imediatas da água;
A pele do silêncio
pouca coisa arrepia:
o cante a palo seco
de diamante precisa.
2.2.
Ou o silêncio é pesado,
é um líquido denso,
que jamais colabora
nem ajuda com ecos;
mais bem, esmaga o cante
e afoga-o, se indefeso:
a palo seco é um cante
submarino ao silêncio.
2.3.
Ou o silêncio é levíssimo,
é líquido e sutil
que se ecoa nas frestas
que no cante sentiu;
o silêncio paciente
vagaroso se infiltra,
apodrecendo o cante
de dentro, pela espinha.
2.4.
Ou o silêncio é uma tela
que difícil se rasga
e que quando se rasga
não demora rasgada;
quando a voz cessa, a tela
se apressa em se emendar:
tela que fosse de água,
ou como tela de ar.
3.1.
A palo seco é o cante
de todos mais lacônico,
mesmo quando pareça
estirar-se um quilômetro:
enfrentar o silêncio
assim despido e pouco
tem de forçosamente
deixar mais curto o fôlego.
3.2.
A palo seco é o cante
de grito mais extremo:
tem de subir mais alto
que onde sobe o silêncio;
é cantar contra a queda,
é um cante para cima,
em que se há de subir
cortando, e contra a fibra.
3.3.
A palo seco é o cante
de caminhar mais lento:
por ser a contra-pelo,
por ser a contra-vento;
é cante que caminha
com passo paciente:
o vento do silêncio
tem a fibra de dente.
3.4.
A palo seco é o cante
que mostra mais soberba;
e que não se oferece:
que se toma ou se deixa;
cante que não se enfeita,
que tanto se lhe dá;
é cante que não canta,
cante que aí está.
4.1.
A palo seco canta
o pássaro sem bosque,
por exemplo: pousado
sobre um fio de cobre;
a palo seco canta
ainda melhor esse fio
quando sem qualquer pássaro
dá o seu assovio.
4.2.
A palo seco cantam
a bigorna e o martelo,
o ferro sobre a pedra
o ferro contra o ferro;
a palo seco canta
aquele outro ferreiro:
o pássaro araponga
que inventa o próprio ferro.
4.3.
A palo seco existem
situações e objetos:
Graciliano Ramos,
desenho de arquiteto,
as paredes caiadas,
a elegância dos pregos,
a cidade de Córdoba,
o arame dos insetos.
4.4
Eis uns poucos exemplos
de ser a palo seco,
dos quais se retirar
higiene ou conselho:
não o de aceitar o seco
por resignadamente,
mas de empregar o seco
porque é mais contundente.


João Cabral de Melo Neto