terça-feira, 8 de março de 2022

Sonnet 43. Elizabeth Barret Browning

Vocês sabiam que o "Sonnet 43" do livro "Sonnets from the Portuguese" escrito por Elizabeth Barrett Browning (Kelloe, Durham, 6 de Março de 1806 — Florença, 29 de Junho de 1861) é considerado o mais belo escrito por uma mulher em língua inglesa?

"How do I love thee? Let me count the ways.
I love thee to the depth and breadth and height
My soul can reach, when feeling out of sight
For the ends of Being and ideal Grace.

I love thee to the level of everyday’s
Most quiet need, by sun and candle-light.
I love thee freely, as men strive for Right;
I love thee purely, as they turn from Praise.

I love thee with the passion put to use
In my old griefs, and with my childhood’s faith.
I love thee with a love I seemed to lose

With my lost saints,—I love thee with the breath,
Smiles, tears, of all my life!—and, if God choose,
I shall but love thee better after death."

Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minh'alma alcança quando, transportada,
sente, alongando os olhos deste mundo, 
os fins do ser, a graça entresonhada.

Amo-te a cada dia, hora e segundo
A luz do sol, na noite sossegada
e é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.

Amo-te com a dor, das velhas penas
com sorrisos, com lágrimas de prece,
e a fé de minha infância, ingênua e forte.

Amo-te até nas coisas mais pequenas, 
por toda vida, e assim DEUS o quiser
Ainda mais te amarei depois da morte.
Elizabeth Barrett Browning
Tradutor: Manuel Bandeira.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

L'amicizia

"L'amicizia è una sola anima che abita in due corpiun cuore che batte in due anime." - Aristotele.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Artista

“Uma das funções do artista é lembrar o espectador que quando olha uma obra não está vendo uma verdade, mas uma projeção. Vê a si mesmo”

William Kentridge

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Liberdade. Rui Barbosa

"Para assegurar a liberdade pessoal, não basta proteger a de locomoção. O indivíduo não é livre, porque pode mudar de situação na superfície da terra, como o animal e como os corpos inanimados. Há liberdades, que interessam a personalidade ainda mais diretamente, e que são a égide dela. Tal, acima de todas, a liberdade de exprimir e comunicar o pensamento, sob as formas imprescindíveis à vida intelectual, moral e social do homem."
Rui Barbosa

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

OLAVO DE CARVALHO

Você vale aquilo que você é, você é aquilo pelo que se sacrifica, e seu sacrifício dá a medida do que você ama.

-- Olavo de Carvalho

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

OLAVO DE CARVALHO

“Não parar, não precipitar, não retroceder. Isso é tudo. Com a advertência suplementar de que precipitar é retroceder.”
Olavo de Carvalho

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

OLAVO DE CARVALHO

OLAVO NÃO MORREU
Percival Puggina

 Quem noticia que Olavo de Carvalho morreu esquece que certas pessoas são agraciadas com uma espécie de imortalidade. Por suas obras, elas se fragmentam em milhões de outros indivíduos, contemporâneos e pósteros. Elas permanecerão vivas nas bibliotecas e seu pensamento continuará a suscitar reflexões, verbalizações e ações. 
 Há muitos anos, lá pelo início da década de 90, recebi um convite do Olavo para me reunir com ele e outras pessoas em São Paulo. Iríamos conhecer-nos e trocar ideias sobre os rumos do Brasil. Estranhei o convite porque eu era apenas aquele que ainda sou, um discreto cronista provinciano. Como um filósofo do centro do país, com brilhantes artigos publicados assiduamente nos principais jornalões, havia tomado conhecimento da minha existência? Até hoje não sei a resposta e não a obtive sequer quando compareci àquele e a outros encontros que se seguiram, em São Paulo e Curitiba. Nesses eventos, de conversa amável e generosa, conheci, entre outros, a Graça Salgueiro, o Heitor de Paola, o José Monir Nasser, o Nivaldo Cordeiro, o Eduy Ferro, o Carlos Illitch Azambuja. 
 Convivi com ele e sua família quando, morando em Curitiba, convidou-me para gravarmos um programa de TV com a participação do saudoso José Monir sobre meu livro "A tragédia da Utopia". Se, por um lado, nesse breve convívio, conheci um sábio que passou a influenciar fortemente minha formação - ainda que nunca tenha sido formalmente seu aluno -, por outro conheci sua família, pernoitei na casa deles onde fui acolhido de modo doce e amável pela Roxane e pelos filhos, então pouco mais que adolescentes. Vi um lar como poucos, uma usina de amor e sabedoria (mais ou menos a mesma coisa, não?). Anos mais tarde, desde os EUA, o trabalho de Olavo iria se derramar em proporções inimagináveis pelo país inteiro e mundo afora.
 No meu amado grupo de estudos, que há décadas se reúne semanalmente, quase todos estudam com ele, o intelectual que mais influenciou o Brasil, positivamente, no século 21.
 Neste dia, em que sim, há luto, estou em oração com a querida Roxane, filhos e netos. Melhor do que ninguém eles sabem o imenso bem representado pelo convívio que tiveram e quanto amor recolhem e continuarão a recolher de milhões de brasileiros nessa perene memória do coração chamada saudade.

OLAVO DE CARVALHO


Sua obra permanece. Obrigada. 

OLAVO DE CARVALHO

Repouse em paz, professor Olavo de Carvalho.
Agradeço por sua capacidade, paciência, generosidade. Sua obra de valor inestimável permanecerá. Que D'us o receba.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Oração

“Livra-nos Senhor, dos perigos que a gente não vê, dos corações mal intencionados que a gente não sente, e dos cansaços diários que enfraquecem a alma da gente. Livra-nos de todo mal sim, e nos dê proteção, amor, descanso e paz.” Cecília Sfalsin

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Eros e Psiquê

“Eros e Psique”
Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
Do além do muro da estrada.

Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.

A Princesa adormecida,
Se espera, dormindo espera.
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado.
Ele dela é ignorado.
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino –
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E, vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora.

E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
Fernando Pessoa

Antonio Canova, detalhe de “Amor e Psique” (1787 - 1793), Museu do Louvre, Paris