segunda-feira, 22 de novembro de 2021

O amor não morre, se desloca.

O tempo.

"O tempo não é uma medida. Um ano não conta, dez anos não representam nada. Ser artista não significa contar, é crescer como a árvore que não apressa a sua seiva e resiste, serena, aos grandes ventos da primavera, sem temer que o verão possa não vir. O verão há de vir. Mas só vem para aqueles que sabem esperar, tão sossegados como se tivessem na frente a eternidade."

Rainer Maria Rilke

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

O Bem e o Mal

Luiz Antonio Sampaio Gouvea,

A maldade existe! Ela é a expressão dos mais sórdidos sentimentos humanos. É destrutiva de todos em tudo. Intriga, mente, falseia, incita a discórdia  e se compraz na destruição. Põe pai contra filho e filho contra pai. Inspira a crueldade,  como se fosse virtude ser cruel. É certo que os maus fazem parte da vida e há quem diga não houvesse o bem sem o mal. Um é valor, outro, desvalor. Faz-se o mal fingindo o bem. A malícia é o seu instrumento de ação. É sobretudo a traição, o seu arremate. Que se desmancha em falsos sorrisos jamais assertivos do engodo ou da pilhagem que se pode consumar. O maldoso jamais se dirá afastado do bem. Sempre procurará alinhar-se à maldade, fingindo o bem. Creia! O  mal está a nosso lado e o traidor pode ser um amigo. Mas o ponto que faz a grandeza do bem está em justamente mostrar-se superior ao mal. Pontuar os caminhos da vida com a perseverança no bem. É nisto que se consuma a insignificância do mal. Ele sucumbe ante à superioridade do bem. É esta a história de mistérios da condição humana.

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Lenda árabe/judaica sobre amizade

Diz uma linda lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viagem discutiram. O amigo ofendido, sem nada dizer, escreveu na areia:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO.

Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se pegou um estilete e escreveu numa pedra:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME A VIDA.

Intrigado, o amigo perguntou:

Por que depois que te bati, você escreveu na areia e agora que te salvei, escrevestes na pedra?

Sorrindo, o outro amigo respondeu:

Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar. Porém quando nos faz algo grandioso, devemos gravar na pedra da memória e do coração; onde vento nenhum do mundo poderá apagar.