quarta-feira, 6 de março de 2013



Albatrozes. 2013. Foto © Leonora Fink

















Navio Negreiro
      
Castro Alves

 I

'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.  

'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...  

'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...  

'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...  

Donde vem? onde vai?  Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,  
Galopam, voam, mas não deixam traço.  

Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!  

Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!  

Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!  

Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
..........................................................  


Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar — doudo cometa!  

Albatroz!  Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz!  Albatroz! dá-me estas asas.
 
II
 
Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após.  

Do Espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
— Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!  

O Inglês — marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir.. .
O Francês — predestinado —
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!  

Os marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu ...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu! ...
 
III
  

Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!
É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!
 
IV
   
Era um sonho dantesco... o tombadilho  
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...  
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...  

Negras mulheres, suspendendo às tetas  
Magras crianças, cujas bocas pretas  
Rega o sangue das mães:  
Outras moças, mas nuas e espantadas,  
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!  

E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente  
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,  
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...  

Presa nos elos de uma só cadeia,  
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,  
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!  

No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."  

E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...  
 
V
   
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!  

Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são?   Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...  

São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .  

São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.  

Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...  

Depois, o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.  

Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...  

Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...  

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...
 
VI   

Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio.  Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...  

Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...  

Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!

Gal Costa - Passarinho


Gal Costa - Passarinho


http://www.youtube.com/watch?v=qgZQ52w2BNw

Cantar como um passarinho
De manhã cedinho
Lá na galha do arvoredo
Na beira do rio
Bate as asas, passarinho
Que eu quero voar
Bate as asas, passarinho
Que eu quero voar
Me leva na janela da menina
Que eu quero amar
Me leva na janela dela
Que eu quero espiar
Me leva na janela da menina
Que eu quero cantar
Cantar como um passarinho
De manhã cedinho
Lá na galha do arvoredo
Na beira do rio
Cantar como um passarinho
De manhã cedinho
Lá na galha do arvoredo
Na beira do rio
Cantar como um passarinho
Como um passarinho
Cantar como um passarinho
Como um passarinho
Como um passarinho

Stevie Ray Vaughan, Double Trouble - Riviera Paradise


Stevie Ray Vaughan, Double Trouble - Riviera Paradise



http://www.youtube.com/watch?v=gVoDVyMY3m4&feature=youtu.be

Jimi Hendrix - Woodstock final - Hey Joe

Jimi Hendrix - Woodstock final - Hey Joe

http://www.youtube.com/watch?v=87JRrvNrJxk&feature=share


[1st verse (Oo - backing vocals on each line)]
Hey Joe, where you goin' with that gun in your hand?
Hey Joe, I said where you goin' with that gun in your hand?
Alright. I'm goin down to shoot my old lady,
you know I caught her messin' 'round with another man.
Yeah,! I'm goin' down to shoot my old lady,
you know I caught her messin' 'round with another man.
Huh! And that ain't too cool.

[2nd verse (Ah - backing vocal on each line)]
Uh, hey Joe, I heard you shot your woman down,
you shot her down.
Uh, hey Joe, I heard you shot you old lady down, 
you shot her down to the ground. Yeah!

Yes, I did, I shot her,
you know I caught her messin' 'round,
messin' 'round town.
Uh, yes I did, I shot her
you know I caught my old lady messin' 'round town.
And I gave her the gun and I shot her!

Alright
(Ah! Hey Joe)
Shoot her one more time again, baby!
(Oo)
Yeah.
(Hey Joe!)
Ah, dig it!
(Hey)
Ah! Ah!
(Joe where you gonna go?)
Oh, alright.

[3rd verse]
Hey Joe, said now,
(Hey)
uh, where you gonna run to now, where you gonna run to?
Yeah.
(where you gonna go?)
Hey Joe, I said,
(Hey)
where you goin' to run
to now, where you, where you gonna go?
(Joe!)
Well, dig it!
I'm goin' way down south, way down south,
(Hey)
way down south to Mexico way! Alright!
(Joe)
I'm goin' way down south,
(Hey, Joe)
way down where I can be free!
(where you gonna...)
Ain't no one gonna find me babe!
(...go?)
Ain't no hangman gonna,
(Hey, Joe)
he ain't gonna put a rope around me!
(Joe where you gonna..)
You better believe it right now!
(...go?)
I gotta go now!
Hey, hey, hey Joe,
(Hey Joe) 
you better run on down!
(where you gonna...)
Goodbye everybody. Ow!
(...go?)
Hey, hey Joe, what'd I say,
(Hey.......................Joe)
run on down.
(where you gonna go?)




Stevie Ray Vaughan and Double Trouble - Riviera Paradise


Stevie Ray Vaughan and Double Trouble - Riviera Paradise



http://www.youtube.com/watch?v=gVoDVyMY3m4&feature=youtu.be

Woodstock - Ten Years After - I'm Going Home


Woodstock - Ten Years After - I'm Going Home



http://www.youtube.com/watch?v=bW5M5xljdCI&feature=share


I'm Going Home

Goin' home, my baby
Goin' home, my baby
Goin' home, to see my baby

Our baby, how good
My baby, be good
I'm goin' home, my baby
Home to see my girl

Oh baby, baby, I'm coming home
Baby, baby I'm coming home
Tell me Mama, baby, I'm coming home

Gonna see my baby, see my baby fine
Gonna take my baby, wanna take my baby mine
Gonna take my woman treats me real kind

I'm goin' home, my baby
I'm goin' home, to see my baby
Goin' home, my baby

Gonna see my baby, see my baby fine
Take my baby, take my baby mine
Gonna tell your mama how good that love of ours

I'm goin' home, to see my baby
I'm goin' home, to see my baby
Oh, baby ooh

Wanna take you back, take where love belong
Treat me baby, treat, don't treat me wrong

Oh, baby, I'm rollin'
Baby, baby, I'm rollin'
Baby, baby, I'm rollin'

Won't you shake me, baby, well get you rollin' down
Won't you shake me, baby, well get you rollin' down
Oh, baby, we're gonna have some fun

Baby, please don't go, baby, please don't go
Baby, please don't go, baby, please don't go
Please don't go, she's cold, I need you

Comin' home, ooh, hey
Come on over baby, whole lotta shakin' goin' on
I'm goin' home, to see my baby
Home, to see my girl, ooh

I'm goin' home, take my baby
I'm goin' home, see my baby
Gonna take me back, I'll take her where I belong

I'm goin' home, to see my baby
I'm goin' home, to see my baby
Come on, Take me, Yeah

I'm goin' home, I'm goin' home
I'm goin' home, hey, hoo
Gonna take me back right where I belong

I'm goin' home, I'm goin' home
I'm goin' home, I'm goin' home
Hoo, hoo....., right where I belong

terça-feira, 5 de março de 2013

Fiódor Mikháilovitch Dostoiévski

O amor é mestre, mas é preciso saber adquiri-lo, porque se adquire dificilmente, ao preço de um esforço prolongado; é preciso amar, de fato, não por um instante, mas até ao fim.


Fiódor Mikháilovitch Dostoiévski, Os Irmãos Karamazov

Zeca Baleiro - Lenha


Zeca Baleiro - Lenha



http://www.youtube.com/watch?v=rdOsNiSa3uE

Eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer
Eu amo você
Mas não sei o quê
Isso quer dizer...

Eu não sei por que
Eu teimo em dizer
Que amo você
Se eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer...

Se eu digo: Pare!
Você não repare
No que possa parecer
Se eu digo: Siga!
O que quer que eu diga
Você não vai entender
Mas se eu digo: Venha!
Você traz a lenha
Pro meu fogo acender
Mas se eu digo: Venha!
Você traz a lenha
Pro meu fogo acender...

Eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer
Eu amo você
Mas não sei o quê
Isso quer dizer...

Eu não sei por que
Eu teimo em dizer
Que amo você
Se eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer...

Se eu digo: Pare!
Você não repare
No que possa parecer
Se eu digo: Siga!
O que quer que eu diga
Você não vai entender
Mas se eu digo: Venha!
Você traz a lenha
Pro meu fogo acender...

Mas se eu digo: Venha!
Você traz a lenha
Pro meu fogo acender...(5x)




segunda-feira, 4 de março de 2013

Mercedes Benz - Janis Joplin


Mercedes Benz - Janis Joplin

http://www.youtube.com/watch?v=7tGuJ34062s

Oh Lord, won't you buy me a Mercedes Benz ?

My friends all drive Porsches, I must make amends.
Worked hard all my lifetime, no help from my friends,
So Lord, won't you buy me a Mercedes Benz ? 

Oh Lord, won't you buy me a color TV ?
Dialing For Dollars is trying to find me.
I wait for delivery each day until three,
So oh Lord, won't you buy me a color TV ? 

Oh Lord, won't you buy me a night on the town ?
I'm counting on you, Lord, please don't let me down.
Prove that you love me and buy the next round,
Oh Lord, won't you buy me a night on the town ? 

Everybody!
Oh Lord, won't you buy me a Mercedes Benz ?
My friends all drive Porsches, I must make amends,
Worked hard all my lifetime, no help from my friends,
So oh Lord, won't you buy me a Mercedes Benz ? 

That's it!

Oh Lord! 2013. Foto © Leonora Fink





sábado, 2 de março de 2013

Dreams

Dream no small dreams for they have no power to move the hearts of men.
..............................Johann Wolfgang von Goethe


A good husband is never the first to go to sleep at night or the last to awake in the morning.
....................................Honore de Balzac


Dreams are necessary to life.
............................................Anais Nin


Some people talk in their sleep. 
Lecturers talk while other people sleep.
..........................Albert Camus


A dreamer is one who can only find his way by moonlight, and his punishment is that he sees the dawn before the rest of the world.
......................................Oscar Wilde


Sleep is the best meditation.
...........................Dalai Lama

sexta-feira, 1 de março de 2013

Todas as Cartas de Amor são Ridículas - Álvaro de Campos


Todas as Cartas de Amor são Ridículas

Todas as cartas de amor são 
Ridículas. 
Não seriam cartas de amor se não fossem 
Ridículas. 
Também escrevi em meu tempo cartas de amor, 
Como as outras, 
Ridículas. 

As cartas de amor, se há amor, 
Têm de ser 
Ridículas. 

Mas, afinal, 
Só as criaturas que nunca escreveram 
Cartas de amor 
É que são 
Ridículas. 

Quem me dera no tempo em que escrevia 
Sem dar por isso 
Cartas de amor 
Ridículas. 

A verdade é que hoje 
As minhas memórias 
Dessas cartas de amor 
É que são 
Ridículas. 

(Todas as palavras esdrúxulas, 
Como os sentimentos esdrúxulos, 
São naturalmente 
Ridículas.)


Álvaro de Campos