terça-feira, 8 de março de 2011

As Palavras - Octavio Paz

As Palavras - Octavio Paz

Girar em torno delas,
virá-las pela cauda (guinchem, putas),
chicoteá-las,
dar-lhes açucar na boca, às renitentes,
inflá-las, globos, furá-las,
chupar-lhes sangue e medula,
secá-las,
capá-las,
cobri-las, galo, galante,
torcer-lhes o gasnete, cozinheiro,
depená-las, touro,
bois, arrastá-las,
fazer, poeta,
fazer com que engulam todas as suas palavras.

(Tradução: Haroldo de Campos)

Adélia Prado

Quando eu nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição para homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.

Adélia Prado














segunda-feira, 7 de março de 2011

Amor e seu Tempo - Carlos Drummond de Andrade

Amor e seu Tempo

Amor é privilégio de maduros
Estendidos na mais estreita cama,
Que se torna a mais larga e mais revolva,
Roçando, em cada poro, o céu do corpo.

É isto, amor: o ganho não imprevisto,
O prêmio subterrâneo e coruscante,
Leitura de relâmpago cifrado,
Que, decifrado, nada mais existe

Valendo a pena o preço do terrestre,
Salvo o minuto de ouro no relógio
Minúsculo, vibrando no crepúsculo.

Amor é o que se aprende no limite,
Depois de se arquivar toda a ciência
Herdada, ouvida. Amor começa tarde.

Carlos Drummond de Andrade




Caetano Veloso e Mercedes Sosa - Coraçao Vagabundo

Caetano Veloso e Mercedes Sosa - Coraçao Vagabundo


http://www.youtube.com/watch?v=T6bNrtwjb9Y



Meu coração não se cansa
De ter esperança
De um dia ser tudo o que quer
Meu coração de criança
Não é só a lembrança
De um vulto feliz de mulher
Que passou por meus sonhos
Sem dizer adeus
E fez dos olhos meus
Um chorar mais sem fim
Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo
Em mim
Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo
Em mim

domingo, 6 de março de 2011

Cecile de France

(...) não há nada maior quando temos a verdadeira ternura e sensualidade numa mesma criatura. (O amante de Lady Chatterley, D. H. Lawrence) 


Cecile de France










Audrey Hepburn

Audrey Hepburn


'Beauty is truth, truth beauty,' - that is all ye know on earth, and all ye need to know. (John Keats)


Audrey Hepburn






MICHEL DELPECH - quand j'étais chanteur

MICHEL DELPECH - quand j'étais chanteur


J'ai mon rhumatisme
Qui devient gênant.
Ma pauvre Cécile,
J'ai soixante-treize ans.
Je fais de la chaise longue
Et j'ai une baby-sitter.
Je traînais moins la jambe
Quand j'étais chanteur.

J'avais des boots blanches,
Un gros ceinturon,
Une chemise ouverte
Sur un médaillon.
C'était mon sourire
Mon atout majeur.
Je m'éclatais comme une bête
Quand j'étais chanteur.

Un soir à Saint-Georges,
Je faisais la kermesse.
Ma femme attendait,
Planquée, dans la Mercédès.
Elle s'est fait j'ter dans l'Indre
Par tout mon fan-club.
J'avais une vie d'dingue
Quand j'étais chanteur.

Les gens de la police
Me reconnaissaient.
Les excès de vitesse,
Je les payais jamais.
Toutes mes histoires
S'arrangeaient sur l'heure.
On m'pardonnait tous mes écarts
Quand j'étais chanteur.

Ma pauvre Cécile,
J'ai soixante-treize ans.
J'ai appris que Mick Jagger
Est mort dernièrement.
J'ai fêté les adieux de Sylvie Vartan.
Pour moi, il y a longtemps qu'c'est fini.
Je comprends plus grand'chose, aujourd'hui
Mais j'entends quand même des choses que j'aime
Et ça distrait ma vie.

Pour moi, il y a longtemps qu'c'est fini.
Je comprends plus grand'chose, aujourd'hui
Mais j'entends quand même des choses que j'aime
Et ça distrait ma vie...

























sexta-feira, 4 de março de 2011

Carnaval Rio de Janeiro 2011 - Mangueira

stação Primeira de Mangueira – O filho fiel, sempre Mangueira – Letra samba enredo carnaval 2011
G.R.E.S Estação Primeira de Mangueira
Carnaval 2011

Enredo:
“O filho fiel, sempre Mangueira” (de Sérgio Cabral e Beth Carvalho)
Desenvolvimento: Comissão de Carnaval, Mauro Quintaes e Wagner Gonçalves

Direção de Carnaval: Jefferson Carlos
Presidente: Ivo Meirelles


Autores: Alemão do Cavaco, Cesinha Maluco, Xavier, Aílton Nunes e Baianinho

quis o criador me abençoar…
fazer de mim um menestrel
traço o meu passo no compasso
do surdo de primeira…
sou mangueira!
trilhei ruas e vielas
morro de alegria, emoção!
procurando harmonia, encontrei a poesia…
e me entreguei à boêmia
no buraco quente, olaria e chalé
com meus parceiros de fé

trago violão
no zicartola, opinião…
se te encantei com meu talento
acabo te vendendo uma canção

passei… aquela dor venceu espinhos
“amor perfeito” em nosso ninho
que foi desfeito ao luar
prazer… me chamam nelson cavaquinho
tatuei em meu caminho
seletas obras musicas
sonhei que “folhas secas” cobriam meu chão
pra delírio dessa multidão,
impossível não emocionar
chorei… ao voltar para minha raiz
ao teu lado eu sou mas feliz
pra sempre vou te amar!

mangueira é nação, é comunidade!
“minha festa”, teu samba, ninguém vai calar!
sou teu filho fiel, estação primeira,
por tua bandeira vou sempre lutar!


Beijo - Pedro Abrunhosa

Beijo - Pedro Abrunhosa



Não posso deixar que te leve
O castigo da ausência,
Vou ficar a esperar
E vais ver-me lutar
Para que esse mar não nos vença.
Não posso pensar que esta noite
Adormeço sozinho,
Vou ficar a escrever,
E talvez vá vencer
O teu longo caminho.
Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua.
Leva os meus braços,
Esconde-te em mim,
Que a dor do silêncio X 2
Contigo eu venço
Num beijo assim.
Não posso deixar de sentir-te
Na memória das mãos,
Vou ficar a despir-te,
E talvez ouça rir-te
Nas paredes, no chão.
Não posso mentir que as lágrimas
São saudades do beijo,
Vou ficar mais despido
Que um corpo vencido,
Perdido em desejo.
Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua.
Refrão
Pedro Abrunhosa - Voz, piano, contrabaixo.
Paulo Pinto - Guitarras.
Ian Humphries - Violino.
Charles Mutter - Violino.
Nic Pendelbury - Viola.
Philip Sheppard - Violoncelo.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Jards Macalé - E Daí? 1974

JARDS MACALE - E DAI ? by MIGUEL GUSTAVO

Proibiram Que Eu Te Amasse
Proibiram Que Eu Te Visse
Proibiram Que Eu Saisse
Ou Perguntasse A Alguém Por Ti...
Que Proibam Muito Mais
Preguem Avisos
Fechem Portas
Ponham Guizos
Nosso Amor Perguntará:
E Daí, E Daí ?
E Daí,
Por Mais Cruel Perseguição,
Eu Continuo A Te Adorar
Ninguém Pode Parar Meu Coração...
Que É Teu...
Somente Teu...

terça-feira, 1 de março de 2011

Carnaval Rio 1988 - por Ricardo Apparicio

SALGUEIRO

O Rio não é mais como era antes
Pois acabaram com a nossa Guanabara (diz aí)
Fundiram toda nossa competência
E já não somos a Cidade Jóia Rara
Que saudades que eu tenho
Da bandeira com golfinhos e brasão
Do nosso Rio antigo
Praça Onze, onde o samba tinha abrigo
Rio, grande centro cultural
Patrimônio da riqueza nacional
Dá cá o meu
Dá cá, dá cá o meu (bis)
O povo carioca
Cobra aquilo que perdeu

Quero novamente ver meu Rio
Dono do samba e do grande futebol
Ter um forte banco aqui na praça
E que não seja um comitê eleitoral
Chega de ter nossa casa comandada
Por malandro e coisa e tal

O Rio é negro
E negro luta pelo Rio
Buscando a liberdade
Enfrentando desafio (bis)
O Rio é negro
E é negra essa nação
Vamos firme nessa luta
Proclamando a Abolição





MANGUEIRA

Cem anos de liberdade, realidade e ilusão

Será...
Que já raiou a liberdade
Ou se foi tudo ilusão
Será...
Que a lei áurea tão sonhada
Há tanto tempo assinada
Não foi o fim da escravidão
Hoje dentro da realidade
Onde está a liberdade
Onde está que ninguém viu
Moço
Não se esqueça que o negro também construiu
As riquezas do nosso brasil

Pergunte ao criador
Quem pintou esta aquarela
Livre do açoite da senzala
Preso na miséria da favela

Sonhei...
Que zumbi dos palmares voltou
A tristeza do negro acabou
Foi uma nova redenção





CAPRICHOSOS

Amor, ai amor
O vento levou
Por toda parte
As maravilhas
Da sétima arte
Lá vou eu, lá vou eu
Curtindo os bastidores
Descobrindo este universo
Tintim por tintim
Ô iaiá, seu vagalume, por favor
Quero um cantinho (bis)
Escondidinho pra ficar com meu amor

Filme proibido pra menor, xi!
Só pornografia
O cangaço
Abriu espaço pro cinema do Brasil
Oh quanta saudade
Do romantismo na tela
Com sutileza
O desenho animado surgiu

Tem comédia, tem piada
Musical com batucada
E no velho Oeste eu vi (bis)
O Nordeste em ação
Ai, coração

Vejam só
Toda a filmagem reunida
Câmeras na festa colorida
Ação, luz e cor, ô ô ô







MOCIDADE PADRE MIGUEL

Bye bye Brasil, beijim, beijim (beijim)
Encanta a Mocidade assim (bis)
E canta a Mocidade
A constituinte independente
Dividiu a nação naufragada
Em sete brasiléias encantadas
O progresso despontou
O Cruzeiro se valorizou

E hoje nem saudade (bis)
Daquele Brasil devedor... que ficou...

Tchau, Cruzado, Inflação
Violência, marajás, corrupção (bis)
Adeus à Dengue e hiena-leão

(E à era...)
A era nucear, usina Rio-Mar
Itapoã, Iracema, Iguarias de Itamaracá
E bate-bate de maracujá
Paulo Afonso, Juazeiro
Padinciço, Petrolina que reluz
Pedras preciosas, mulatas gol gay
Vinho enlatado e o gado revoltado
Chimarrão como exportei
O ouro de Serra Pelada
O P.I. como gritava
Rock outra vez
Divinamente, o salvador surgiu
Dando um toque diferente
Alô... bye bye Brasil





BEIJA-FLOR

Vem amor contar agora
Os cem anos da libertação
A história e a arte dos negros escravos
Que viveram em grande aflição
E mesmo lá no fundo das províncias do Sudão
Foram o braço forte da nação
Eu sou negro
E hoje enfrento a realidade
E abraçado à Beija-flor, meu amor
Reclamo a verdadeira liberdade (já raiou)
Raiou o Sol, sumiu
E veio a Lua (bis)
Eu sou negro, fui escravo
E a vida continua

Liberdade raiou
Mas a igualdade não (não, não, não)
Resgatando a cultura
O grande negro revestiu-se de emoção
(Ih! A Mãe Negra!)
Oh, Mãe Negra faz a festa
O povão se manifesta
Cantando para o mundo inteiro ouvir
Se faz presente a força de uma raça
Que pisa forte na Sapucaí

Dunga Tara Sinherê
Êre rê rê rê (bis)
Êre ré rê rê





PORTELA

Está fazendo um centenário
A Portela em louvação
Voa com a liberdade
A águia e o negro num só coração
Tece versos de amor
Que o Vice-Rei sonhou
Neste cenário de paixão... de paixão
A hora é esta
De irmanar a multidão

Canta, meu povo
Canta, meu povo
Vem no embalo
Que a lenda é carioca (canta, canta)
Canta, meu povo
Vem sambar de novo

Peripécias do amor, ô ô
O Vice-Rei sofreu
Foi Vicente quem casou, ô ô
O sonho se acabou
Suzana, musa deste mar de lama
Simplesmente a tua chama
Queima o peito de quem ama
Valentim, foi ele sim
Sim, quem esculpiu
A fonte dos amores
Recanto tão sutil

Briga, eu, eu quero briga
Hoje eu venho reclamar
(O que que tem, o que que há)
Esta praça ainda é minha
Eu também estou fominha
Jacaré quer me abraçar





UNIAO DA ILHA

Saudade, só deixou saudade
Pra ser mais um dos menestréis
Vem na cegonha pra ver
Ari Barroso, o tema é você
Na Bela Época, nasceu em Ubá (em Ubá, em Ubá)
O menino iluminado
Hoje atravessa o mar
Com a minha Ilha
Nessa Aquarilha do Brasil
Marcou gerações, ligou corações
E o povo ainda canta as suas canções
Tia Ritinha, foi ela
Que abriu as portas pro seu caminhar (ô dá nela)
Machucou meu coração
Ô Maria, na palma da minha mão
Vai cantar o quê? Calouro
Morena da boca de ouro

Quindim gostoso
Quem vai provar? (bis)
No tabuleiro de Iaiá

Boneca de piche, faceira, grau dez
Trabalha, trabalha, nego
Alô amigos, Zé Cariocou
Divina musa
Sua voz maior no exterior

A gaitinha tocando... é gol
A galera vibrando... Mengo! (bis)

Na homenagem veio a paz, a emoção
Minha Ilha risque agora (bis)
A saudade nesse chão





VILA IZABEL

Valeu Zumbi!
O grito forte dos Palmares
Que correu terras, céus e mares
Influenciando a abolição
Zumbi valeu!
Hoje a Vila é Kizomba
É batuque, canto e dança
Jongo e maracatu

Vem menininha pra dançar o caxambu (bis)

Ôô, ôô, Nega Mina
Anastácia não se deixou escravizar (bis)
Ôô, ôô Clementina
O pagode é o partido popular

O sacerdote ergue a taça
Convocando toda a massa
Neste evento que congraça
Gente de todas as raças
Numa mesma emoção

Esta Kizomba é nossa Constituição (bis)

Que magia
Reza, ajeum e orixás
Tem a força da cultura
Tem a arte e a bravura
E um bom jogo de cintura
Faz valer seus ideais
E a beleza pura dos seus rituais

Vem a Lua de Luanda
Para iluminar a rua (bis)
Nossa sede é nossa sede
De que o "apartheid" se destrua





TRADICAO

Vem meu amor
Do teu coração abre a janela
Conquistando a passarela
Com saudades da Portela
Vem de novo a Tradição (graças a Deus!)
Vem mostrar um pouco da aquarela
Que o Brasil tem no coração
Tem deus Tupã, tem Boitatá, tem Guaracy
Tem o Quarup e as danças de guerra
Tem Sapain, tem Aritana e Raoni
Lutando ainda pela posse da terra

Tem Carimbó, tem Caxambu, tem Ticumbi
Maracatus e jongos
Tem Chico Rei, Mãe Quelé, tem Zumbi
Regando até hoje a semente dos quilombos

Quem faz a festa é o Chalaça
O imperador vai gostar
Vai ter seresta e cachaça
Mucama vai se enfeitar
Salve a mistura da raça
Que nunca vai se acabar
Até o dia de Graça chegar

Vem, acende a chama
Da nossa história
Vamos exaltar a escola de samba
Nosso panteon de glória

Vem, me dê a mão
Que na folia é todo mundo igual
Vem, vem cantar junto com a Tradição
O melhor do Carnaval





ESTACIO DE SA'

A onda que me levou
Me embalou
De lá pra cá numa legal
E o vento que soprou
Me avisou que tinha boi no Carnaval
Procurei
E achei o boi "Ápis", o boi dourado
A minha fantasia
E também o "Minotauro"
O boi grego da mitologia

Lá no Norte dancei
O "boi bumbá" (bis)
Bumba-meu-boi
Lá pras bandas do Ceará

Em Pernambuco...
Ouvi contar que "Maurício de Nassau"
Por uma ponte fez o boi voar
Foi 171 que enganou o pessoal

No compasso...
Oi, joguei o laço pra pegar o boi (que fracasso...)
Que fracasso
Não sei pra onde o mandingueiro foi

Se matar esse boi
O mocotó é meu (bis)
Pra pagar a corrida
Que esse boi me deu

Tem boi no pasto e de presépio
Boicote em qualquer lugar
E o boi da cara preta
Que fez careta pra me assustar

O boi de corte virou vaca
A carne é fraca, é isso aí (bis)
O boi dá bode na Sapucaí





UNIDOS DA TIJUCA

Brasil... Bar Brasil
Berço das grandes resoluções
Pra quem se queixa que dá um duro danado
E é mal remunerado
Pro revoltado com as broncas do patrão
Ai, quem me dera se eu fosse um marajá (obá)
Ganhasse a vida sem precisar trabalhar
Mas acontece que é só a minoria
Que desfrita a mordomia
Nessa tal democracia
Apertaram o gatilho num salário baleado
Outra piada depois desse tal Cruzado (bis)

E segue o tormento
"Congelaumentos"...
É o preço da alimentação (que confusão)
O medo de sair, ser assaltado
E o plano mal traçado
A bomba que estourou em nossas mãos
As brigas com a patroa em casa
E o time que só faz perder
Não dá pra segurar, já chega de sofrer
Quero poder bebemorar
(Êta papo pra rolar...)

Êta papo pra rolar
No templo do debate popular
Pobres e ricos falam da dívida externa (bis)
Dos problemas desta terra
E se perguntam onde a coisa vai parar






The Byrds - Wasn't Born to Follow

The Byrds - Wasn't Born to Follow


Oh I'd rather go and journey where the diamond crest is flowing and
Run across the valley beneath the sacred mountain and
Wander through the forest
Where the trees have leaves of prisms and break the light in colors
That no one knows the names of

And when it's time I'll go and wait beside a legendary fountain
Till I see your form reflected in it's clear and jewelled waters
And if you think I'm ready
You may lead me to the chasm where the rivers of our vision
Flow into one another

I will want to die beneath the white cascading waters
She may beg, she may plead, she may argue with her logic
And then she'll know the things I learned
That really have no value in the end she will surely know
I wasn't born to follow

Ray Charles - If You Go Away

Ray Charles - If You Go Away


If you go away on this summer day,
Then you might as well take the sun away;
All the birds that flew in the summer sky,
When our love was new and our hearts were high;
When the day was young and the night was long,
And the moon stood still for the night bird's song.
If you go away, if you go away, if you go away.
If you go, as i know you will, you must tell the world to stop turning
Till you return again, if you ever do, for what good is love
Without loving you,
Can i tell you now, as you turn to go, i'll be dying slowly till the next 
hello,
If you go away, if you go away, if you go away.
But if you stay, i'll make you a night
Like no night has been, or will be again.
I'll sail on your smile, i'll ride on your touch,
I'll talk to your eyes that i love such.
But if you go, go, i won't cry,
Though the good is gone from the word goodbye,
If you go away, if you go away, if you go away.
If you go away, as i know you must,
There'll be nothing left in the world to trust,
Just an empty room, full of empty space,
Like the empty look i see on your face.
I'd have been the shadow of your dog
If i thought it might have kept me by your side.
If you go away, if you go away, if you go away.