quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Rock

I wept not, so to stone within I grew. 
====Dante Alighieri


Humility is the solid foundation of all virtues.
====Kong Fu Zi



A rolling stone gathers no moss, but it gains a certain polish.
====Oliver Herford



A rock pile ceases to be a rock pile the moment a single man contemplates it, bearing within him the image of a cathedral.
====Antoine de Saint-Exupery



He like a rock in the sea unshaken stands his ground.
====Virgil



The man who treasures his friends is usually solid gold himself.
====Marjorie Holmes



I think that for the highest achievements nowadays... need to have the stable as a rock scientific base. And also need to own modesty.
====Alexander Alekhine



A stone is ingrained with geological and historical memories.
====Andy Goldsworthy








Haikai - Alma Welt

Cai a noite 
de astros silenciosa 
Marchetada caixinha primorosa

Haikai de Alma Welt



imagem Internet

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Cesare Pavese - ‎Il mestiere di vivere

‎Il mestiere di vivere

L'arte di sviluppare i motivetti per risolverci a compiere le grandi azioni che ci sono necessarie. 
L'arte di non farci mai avvilire dalle reazioni altrui, ricordando che il valore di un sentimento è giudizio nostro poiché saremo noi a sentircelo, non chi interviene. 
L'arte di mentire a noi stessi sapendo di m
entire.
L'arte di guardare in faccia la gente, compresi noi stessi, come fossero personaggi di una nostra novella.
L'arte di ricordare sempre che, non contando noi nulla e non contando nulla nessuno degli altri, noi contiamo più di ciascuno, semplicemente perché siamo noi.
L'arte di considerare la donna come la pagnotta: problema d'astuzia.
L'arte di toccare fulmineamente il fondo del dolore, per risalire con un colpo di tallone.
L'arte di sostituire noi a ciascuno, e sapere quindi che ciascuno si interessa soltanto di sé.
L'arte di attribuire qualunque nostro gesto a un altro, per chiarirci all'istante se è sensato.
L'arte di fare a meno dell'arte.
L'arte di essere solo.

Cesare Pavese, 9 ottobre 1938 in "Il mestiere di vivere", 1935/1950 (postumo, 1952)




Funchal, Ilha da Madeira - Fotografia Leonora Fink

Lucidez perigosa - Clarice Lispector

Lucidez perigosa - Clarice Lispector

Estou sentindo uma clareza tão grande
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
assim como um cálculo matemático perfeito
do qual, no entanto, não se precise.

Estou por assim dizer
vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,
e não me alcanço.
Além do que:
que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
- já me aconteceu antes.

Pois sei que
- em termos de nossa diária
e permanente acomodação
resignada à irrealidade -
essa clareza de realidade
é um risco.

Apagai, pois, minha flama, Deus,
porque ela não me serve
para viver os dias.
Ajudai-me a de novo consistir
dos modos possíveis.
Eu consisto,
eu consisto,

amém.





Jamiroquai - Sunny

Sunny


Sunny
Yesterday my life was filled out with rain
Oh, Sunny
You smiled at me and really eased the pain
Oh, now the dark days are gone and the bright days are here
My sunny one is so sincere
Now, Sunny, one so true
I love you


Yeah, I'll tell that I love you


Sunny
Thank you for the sunshine bouquet
Woah, Sunny, thank for the love that you brought my way
Oh, now you gave to me your all and all
And now i feel like I'm ten feet tall
Sunny, one so true
I love you


Yeah, I've got to tell that I love you
Oh, I love you
Oh,Sunny


Now sunny, my love is so truth
I love you
Yeah
Yes I love yes i love you
Oh yes I love you


Sunny
Thank you for the smile that's upon your face
Oh, Sunny
Thank you for that gleam that flows with grace
Oh now, you are my spark of natures fire
You are my sweet, complete desire
Sunny, one so true, yes
I love you (until end)











Who Loves The Sun - Velvet Underground

Who Loves The Sun

Velvet Underground

Who Loves the Sun
Who loves the sun
Who cares that it makes plants grow
Who cares what it does
Since you broke my heart
Who loves the wind
Who cares that it makes breezes
Who cares what it does
Since you broke my heart
Pa Pa Pa Pa
Who loves the sun
Pa Pa Pa Pa
Who loves the sun
Pa Pa Pa Pa
Not everyone
Pa Pa Pa Pa
Who loves the sun
Who loves the rain
Who cares that it makes flowers
Who cares that it makes showers
Since you broke my heart
Who loves the sun
Who cares that it is shining
Who cares what it does
Since you broke my heart
Pa Pa Pa Pa
Who loves the sun
Pa Pa Pa Pa
Who loves the sun
Pa Pa Pa Pa
Not everyone
Pa Pa Pa Pa
Who loves the sun
Sun
Sun
Sun
Pa Pa Pa Pa
Who loves the sun
Pa Pa Pa Pa
Who loves the sun
Pa Pa Pa Pa
Not everyone
Pa Pa Pa Pa
Who loves the sun




















Hilda Hilst

A vida é crua. Faminta como um bico de corvos. E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima, olho-d’agua, bebida. A vida é líquida.


Hilda Hilst



















Canto de Iemanjá - Vinicius de Moraes

Canto de Iemanjá

Iemanjá, lemanjá
lemanjá é dona Janaína que vem
Iemanjá, Iemanjá
lemanjá é muita tristeza que vem

Vem do luar no céu
Vem do luar
No mar coberto de flor, meu bem
De Iemanjá
De lemanjá a cantar o amor
E a se mirar
Na lua triste no céu, meu bem
Triste no mar

Se você quiser amar
Se você quiser amor
Vem comigo a Salvador
Para ouvir lemanjá

A cantar, na maré que vai
E na maré que vem
Do fim, mais do fim, do mar
Bem mais além
Bem mais além
Do que o fim do mar
Bem mais além
Vinicius de Moraes





Iemanjá
















William Shakespeare

Love all, trust a few, do wrong to none.

William Shakespeare


























Prece à Yemanjá

Prece à Iemanjá

Poderosa
força das águas. Inaê, Janaína, Sereia do Mar. Saravá minha Mãe 
Iemanjá! Leva para as profundezas do teu mar sagrado. Odoiá... Todas 
as minhas desventuras e infortúnios. Traz do teu mar todas as forças
espirituais para alento de nossas necessidades. Paz, esperança,
Odofiabá... Saravá, minha Mãe Iemanjá! ...Odofiabá...







Yemanjá




PRECE PARA IEMANJÁ


Oh! Iemanjá, sereia do mar. Canto doce, acalanto dos aflitos.
Mãe do mundo tenha piedade de nós.
Benditas são as benções que vem do teu Reino.
Meu coração e minha Alma se abrem para receber as bênçãos de Iemanjá.
...
Mãe que protege, que sustenta, que leva embora toda dor.
Mãe dos Orixás, Mãe que cuida e zela pelos seus filhos e os filhos
de seus filhos.
Iemanjá, tua Luz norteia meus pensamentos e tuas águas
lavam minha cabeça.























Elis Regina - Cartomante - Transversal do Tempo

As coisas mudaram muito, está melhor do que já foi.
Sou otimista (Joca Libânio)




http://www.youtube.com/watch?v=tg5Cd63MJ5A&feature=player_embedded
Sinal FechadoPaulinho da Viola
-Olá, como vai?-Eu vou indo, e você, tudo bem?-Eu vou indo, correndo, pegar meu lugar no futuro, e você?-Tudo bem, eu vou indo em busca de um sonho tranqüilo...-Quem sabe?-Quanto tempo!-Pois, é quanto tempo!-Me perdoe, a pressa é a alma dos nossos negócios!-Ah, não tem de quê! Eu também só ando a cem!-Quando é que você telefona?-Precisamos nos ver por aí!-Pra semana, prometo, talvez nos vejamos-Quem sabe?-Quanto tempo!-Pois, é quanto tempo!-Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das ruas.-Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança...-Por favor, telefone, eu preciso beber alguma coisa rapidamente!-Pra semana...-O sinal...-Eu procuro você!-Vai abrir, vai abrir!-Prometo...-Não esqueça, por favor!-Não esqueça, não esqueça, não esqueça, não esqueça!-Adeus!

Transversal do TempoJoão Bosco/Aldir Blanc
As coisas que eu sei de mimSão pivetes da cidadePedem, insistem e euMe sinto pouco à vontadeFechada dentro de um táxiNuma transversal do tempoAcho que o amorÉ a ausência de engarrafamentoAs coisas que eu sei de mimTentam vencer a distânciaE é como se aguardassem feridasNuma ambulânciaAs pobres coisas que eu seiPodem morrer, mas esperoComo se houvesse um sinalSem sair do amarelo

CartomanteIvan Lins / Victor Martins
Nos dias de hoje é bom que se protejaOfereça a face pra quem quer que sejaNos dias de hoje esteja tranqüiloHaja o que houver pense nos seus filhosNão ande nos bares, esqueça os amigosNão pare nas praças, não corra perigoNão fale do medo que temos da vidaNão ponha o dedo na nossa feridaNos dias de hoje não lhes dê motivoPorque na verdade eu te quero vivoTenha paciência, Deus está contigoDeus está conosco até o pescoçoJá está escrito, já está previstoPor todas as videntes, pelas cartomantesTá tudo nas cartas, em todas as estrelasNo jogo dos búzios e nas profeciasCai o rei de EspadasCai o rei de OurosCai o rei de PausCai não fica nada.(6x)















terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Fabrício Carpinejar - Você tem medo de se apaixonar.



Você tem medo de se apaixonar.
Medo de sofrer o que não está acostumada.
Medo de se conhecer e esquecer outra vez.
Medo de sacrificar a amizade.
Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o t...rajeto para apressar encontros.
Medo se o telefone toca, se o telefone não toca.
Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa.
Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo.
Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente.
Não suportar ser olhada com esmero e devoção.
Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas.
Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve.
Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida.
Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar.
Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer.
Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta.
Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia.
Medo do imprevisível que foi planejado.
Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue.
Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo.
O corpo mais lado da fraqueza.
Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado.
Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente.
Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam.
Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado.
Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele.
Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas.
Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz.
Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz.
Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas.
Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer.
Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção.
Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas.
Medo de que ele não precise de você.
Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira.
Medo do cheiro dos travesseiros.
Medo do cheiro das roupas.
Medo do cheiro nos cabelos.
Medo de não respirar sem recuar.
Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo.
Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego.
Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade.
Medo de não soltar as pernas das pernas dele.
Medo de soltar as pernas das pernas dele.
Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir.
Medo da vergonha que vem junto da sinceridade.
Medo da perfeição que não interessa.
Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida.
Medo de estragar a felicidade por não merecê-la.
Medo de não mastigar a felicidade por respeito.
Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la.
Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar.
Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou.
Medo de faltar as aulas e mentir como foram.
Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar.
Medo de enlouquecer sozinha.
Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha.
Você tem medo de já estar apaixonada.



Fabrício Carpinejar