terça-feira, 9 de novembro de 2010

Torquato Neto

Escute, meu chapa: um poeta não se faz com versos. É o risco, é estar sempre a perigo sem medo, é inventar o perigo e estar sempre recriando dificuldades pelo menos maiores, é destruir a linguagem e explodir com ela Quem não se arrisca não pode berrar. TORQUATO NETO
TORQUATO NETO
Torquato Pereira de Araújo Neto (Teresina, 9 nov. 44 — Rio de Janeiro, 10 e nov. 72) foi um poeta, jornalista, letrista , polemista brasileiro

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Julie London - Around Midnight

It begins to tell,
'round midnight, midnight.
I do pretty well, till after sundown,
Suppertime I'm feelin' sad;
But it really gets bad,
'round midnight.
Memories always start 'round midnight
Haven't got the heart to stand those memories,
When my heart is still with you,
And ol' midnight knows it, too.
When a quarrel we had needs mending,
Does it mean that our love is ending.
Darlin' I need you, lately I find
You're out of my heart,
And I'm out of my mind.
Let our hearts take wings'
'round midnight, midnight
Let the angels sing,
for your returning.
Till our love is safe and sound.
And old midnight comes around.
Feelin' sad,
really gets bad
Round.....Round.......Round....Mid.....night....




















sábado, 6 de novembro de 2010

William Shakespeare

Aprendi com o tempo, que a única verdade é que tenho muito que aprender. No entanto sei, que as pessoas esquecerão, de tudo o que você disse e de tudo o que você fez...Mas nunca esquecerão, jamais, de como vc as tratou. William Shakespeare

Lonely, Lonely - Feist


Lonely Lonely

Water water on the seeds
To my left they rose and leaf
To my right cross Seven Seas

Maybe maybe they'll stay true
My seeds will cross and then take root
And leave you to an empty room
Lonely lonely that is you
Lonely lonely that is you

Paper paper obsolete
How will you reach out to me
I thought you'd ask me not to leave
Lonely lonely that is me
Lonely lonely that is me

Distance makes the heart grow weak
So that the mouth can barely speak
Except to those who hide their needs
And I have read the golden seal
That tell of how the seedlings feel
Reminds my heart what love can yield

By my only things are clear
Baby boy I'm staying here
Lonely lonely that was you
Lonely and so untrue






Lotus















Lotus

Yes - Starship Trooper 1973

Sister bluebird flying high above
Shine your wings forward to the sun
Hide the myst'ries of life on your way
Though you've seen them, please don't say a word
What you don't know, I have never heard

Starship trooper, go sailing on by
Catch my soul, catch the very night
Hide the moment from my eager eyes
Though you've seen them, please don't tell a soul
What you can't see, can't be very whole

Speak to me of summer, long winters longer than time can remember
Setting up of other roads, travel on in old accustomed ways
I still remember the talks by the water, the proud sons and daughters
That knew the knowledge of the land
Spoke to me in sweet accustomed ways

Mother life, hold firmly on to me
Catch my knowledge higher than the day
Lose as much as only you can show
Though you've seen them, please don't say a word
What I don't know, I have never shared

Loneliness is a power that we possess to give or take away forever
All I know can be shown by your acceptance
Of the fact there shown before you
Take what I say in a diff'rent way and it's easy to say
That this is all confusion
As I see a new day in me, I can also show if you and you may follow

Speak to me of summer, long winters longer than time can remember
Setting up of other roads, travel on in old accustomed ways
I still remember the talks by the water, the proud sons and daughters
That knew the knowledge of the land
Spoke to me in sweet accustomed ways














sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Um poema para Deus - Adriano Channe

....UM POEMA PARA DEUS...



Um dia, a alma desperta e se encanta com a manhã que se espreguiça no horizonte.Sente-se como que a pairar acima e além da escala humana.Então, se recorda ser filha de um Pai amoroso e bom. Recorda de um Criador que a tudo para todos provê.E plena de gratidão, extravasa em versos sua alma:Deus,
Inteligência das inteligências, Causa das causas, Lei das leis,
Princípio dos princípios, Razão das razões, Consciência das
consciências. fed. espirita do PR  
De: Adriano Channe








Bem tinha razão Isaac Newton ao descobrir-se, toda vez que pronunciava Vosso nome.

Deus, Pai bondoso, eu Vos encontro na natureza, Vossa filha e nossa mãe.

Eu Vos reconheço, Senhor, na poesia da criação, no vento que dedilha harmonias na cabeleira das árvores.

Nas cores que se apresentam tão diversificadas em matizes e gradações.

Nas águas que rolam, silentes, em córregos minúsculos, nas cachoeiras que se lançam, ruidosas, de alturas consideráveis, no verdor da grama que atapeta o jardim e as praças.

Reconheço-Vos, Pai, na flor dos jardins e pomares, na relva dos vales, no matiz dos campos, na brisa dos prados.

Senhor, eu Vos encontro no perfume das campinas, no murmúrio das fontes, no rumorejo das menores ramificações das copas das árvores.

Também Vos descubro na música dos bosques, na placidez dos lagos, na altivez dos montes, na amplidão dos oceanos, na majestade do firmamento.

Eu Vos vejo, Senhor, na criança que sorri, brinca, pula e distribui alegrias, provocando risos.

Eu Vos reconheço, Pai, no ancião que anda lento, que tropeça. Mas, sobretudo, na inteligência que ele revela, resultado de suas experiências bem vividas.

Eu Vos descubro no mendigo que implora, na mão que assiste, na mãe que vela, no pai que instrui, no Apóstolo que evangeliza.

Deus! Reconheço-Vos no amor da esposa, no afeto do filho, na estima da irmã, na misericórdia indulgente.

E Vos encontro, Senhor, na fé do que a tem, na esperança dos povos, na caridade dos bons, na inteireza dos íntegros.

Reconheço-Vos, Senhor, na inspiração do poeta, na eloquência do orador, na criatividade do artista.

Também Vos encontro na sabedoria do filósofo, na intelectualidade do estudioso, nos fogos do gênio!

E estais ainda nas auroras polares, no argênteo da lua, no brilho do sol, na fulgência das estrelas, no fulgor das constelações.

Deus! Reconheço-Vos na formação das nebulosas, na origem dos mundos, na gênese dos sóis, no berço das humanidades, na maravilha, no esplendor, no sublime do Infinito!

Por fim, entendo, com Jesus, quando ora:

Pai nosso, que estais nos céus...

Ou com os anjos quando cantam: Glória a Deus nas alturas...



Adriano Channe





















quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Pequena parte do Prefácio do livro de Michel Foucault, por Jorge Luis Borges- As Palavras e as Coisas

Parte do Prefácio do livro de Michel Foucault - As Palavras e as Coisas - por Jorge Luis Borges
"Este livro nasceu de um texto de Jorge Luís Borges. Do riso que sacode, à sua leitura, todas as familiaridades do pensamento - do nosso; do que tem a nossa idade e a nossa geografia -, abalando todas as superfícies ordenadas e todos os planos que tornam sensata para nós a pululação dos seres, fazendo vacilar e inquietando por longo tempo a nossa prática milenária do Mesmo e do Outro. Este texto cita "uma certa enciclopédia chinesa" onde vem escrito que "os animais se dividem em: a) pertencentes ao imperador, b) embalsamados, c) domesticados, d) leitões, e) sereias, f) fabulosos, g) cães em liberdade, h) incluídos na presente classificação, i) que se agitam como loucos, j) inumeráveis, k) et caetera, m) que acabam de quebrar a bilha, n) que de longe parecem moscas". No deslumbramento desta taxonomia, o que alcançamos imediatamente, o que, por meio do apólogo, nos é indicado como o encanto exótico de um outro pensamento é o limite do nosso: a pura impossibilidade de pensar isto."
"Que é, pois, que é impossível de pensar e de que impossibilidade se trata?""




Cruz e Sousa

Nada há que me domine e que me vença 

Quando a minha alma mudamente acorda... 

Cruz e Sousa





























































Iemanjá - Aguada nanquim Leonora Fink

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Manuel Bandeira - ODE NO CINQUENTENÁRIO DO POETA BRASILEIRO

ODE NO CINQUENTENÁRIO DO POETA BRASILEIRO

Esse incessante morrer
que nos teus versos encontro
é tua vida, poeta,
e por ele te comunicas
com o mundo em que te esvais.

Debruço-me em teus poemas
e nelo percebo as ilhas
em que nem tu nem nós habitamos
(ou jamais habitaremos!)
e nessas ilhas me banho
num sol que não é dos trópicos,
numa água que não é das fontes
mas que ambos refletem a imagem
de um mundo
amoroso e patético.

Tua violenta ternura,
tua infinita polícia,
tua trágica existência
no entanto sem nenhum sulco
exterior – salvo tuas rugas,
tua gravidade simples,
a acidez e o carinho simples
que desbordam em teus retratos,
que capturo em teus poemas,
são razões por que te amamos
e por que nos fazes sofrer…

Certamente não sabias
que nos fazes sofrer.

É didícil explicar
esse sofrimento seco,
sem qualquer lágrima de amor,
sentiment de homens juntos,
que se comunicam sem gesto
e sem palavras se invadem,
se aproximam, se compreendem
e se calam sem orgulho.

Não é o canto da andorinha, debruçada nos telhados da Lapa,
anunciando que a tua vida passou à toa, à toa.
Não é o médico mandando exclusivamente tocar um tango argentino,
diante da escavação no pulmão esquerdo e do pulmão direito infiltrado.
Não são os carvoeirinhos raquíticos voltando encarapitados nos burros velhos.
Não são os mortos do recife dormindo profundamente na noite.
Nem é tua vida, nem a vida do major veterano da guerra do Paraguai,
a de Bentinho Jararaca
ou a de Christina Georgina Rossetti:
és tu mesmo, é tua poesia,
tua pungengente, inefável poesia,
ferindo as almas, fogo celeste, ao visitá-las;
é o fenômeno poético, de que te constituíste o misterioso portador
e que vem trazer-nos na aurora o sopro quente dos mundos, das armadas exuberantes
e das situaçãoes exemplares que não suspeitávamos.

Por isso sofremos: pela mensagem que nos confias
entre ônibus, abafada pelo pregão dos jornais e mil queixas operárias;
essa insistente mas discreta mensagem
que, aos cinquenta anos, poeta, nos trazes;
e essa fidelidade a ti mesmo com que nos apareces
sem uma queixa, no rosto entretanto experiente,
mão firme estendida para o aperto fraterno

- o poeta acima da guerra e do ódio entre os homens -,
o poeta ainda capaz de amar Esmeraldas embora a alma anoiteça,
o poeta melhor que nós todos, o poeta mais forte
- mas haverá lugar para a poesia?

Efetivamente o poeta Rimbaud fartou-se de escrever,
o poeta Maiakovski suicidou-se,
o poeta Schmidt abastece de água o Distrito Federal…
Em meio a palavras melancólicas,
ouve-se o surdo rumor de combates longínquos
(cada vez mais perto, mais, daqui a pouco dentro de nós).
E enquanto homens suspiram, combatem ou simplesmente ganham dinheiro,
ninguém perecebe que o poeta faz cinquenta anos,
que o poeta permanece o mesmo, embora alguma coisa de extraordinário se houvesse passado,
alguma coisa encoberta de nós, que nem os olhos traíram nem as mãos apalparam, susto, emoção, enternecimento,
desejo de dizer: Emanuel, disfarçado na meiguice elática doa abraços,e uma confiança maior no poeta
e um pedido lancinante para que não nos deixe sozinhos nesta cidade em que nos sentimos pequenos à espera dos maiores acontecimentos.





"Que o poeta nos encaminhe e nos proteja
e que o seu canto confidencial ressoe para consolo de muitos e esperança de todos,
os delicados e os oprimidos, acima das profissões e dos vãos disfarces do homem.
Que o poeta Manuel Bandeira escute este apelo de um homem humilde." por Joca Libânio






















segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Jacques Prévert – Je suis comme je suis

Je suis comme je suis
Jacques Prévert – (Né à Neuilly-sur-Seine)




Je suis comme je suis
Je suis faite comme ça
Quand j’ai envie de rire
Oui je ris aux éclats
J’aime celui qui m'aime
Est-ce ma faute à moi
Si ce n’est pas le même
Que j’aime chaque fois
Je suis comme je suis
Je suis faite comme ça
Que voulez-vous de plus
Que voulez-vous de moi

Je suis faite pour plaire
Et n’y puis rien changer
Mes talons sont trop hauts
Ma taille trop cambrée
Mes seins beaucoup trop durs
Et mes yeux trop cernés
Et puis après
Qu’est-ce que ça peut vous faire
Je suis comme je suis
Je plais à qui je plais
Qu’est-ce que ça peut vous faire

Ce qui m’est arrivé
Oui j’ai aimé quelqu’un
Oui quelqu’un m’a aimé
Comme les enfants qui s’aiment
Simplement savent aimer
Aimer aimer...
Pourquoi me questionner
Je suis là pour vous plaire
Et n’y puis rien changer.




















Desenho - Leonora Fink






















Leonora Fink - desenho pastel oleoso sobre papel






Música 

Shine On You Crazy Diamond (Full Pt. 2)

This is the full (parts 1-7) version of Shine On You Crazy Diamond off of Pink Floyd's Echoes album (disc 2). 

Bob Marley - Redemption Song

Bob Marley - Redemption Song



Old pirates, yes, they rob I,
Sold I to the merchant ships,
Minutes after they took I
From the bottom less pit
But my hand was made strong
By the hand of the Almighty
We forward in this generation
Triumphantly

Won't you help to sing,
These songs of freedom?
'Cause all I ever have:
Redemption songs,
Redemption songs!

Emancipate yourselves from mental slavery
None but ourselves can free our minds
Have no fear for atomic energy,
'Cause none of them can stop the time
How long shall they kill our prophets,
While we stand aside and look
Huh, some say it's just a part of it:
We've got to ful fill the Book

Won't you help to sing,
These songs of freedom?
'Cause all I ever have:
Redemption songs,
Redemption songs,
Redemption songs!

Emancipate yourselves from mental slavery
None but ourselves can free our mind
Oh, have no fear for atomic energy,
'Cause none of them-a can-a stop-a-the time
How long shall they kill our prophets,
While we stand aside and look?
Yes, some say it's just a part of it:
We've got to ful fill the Book

Won't you help to sing,
These songs of freedom?
'Cause all I ever had:
Redemption songs,
All I ever had:
Redemption songs!
These songs of freedom,
Songs of freedom!