Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.
Clarice Lispector
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quinta-feira, 15 de março de 2012
quarta-feira, 14 de março de 2012
Clarice Lispector - Pensamento
E a doçura é tanta que faz insuportável cócega na alma...
Clarice Lispector
Clarice Lispector
quarta-feira, 7 de março de 2012
Clarice Lispector - Precisão
Precisão
O que me tranqüiliza é que tudo o que existe, existe com uma precisão absoluta. O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete. Tudo o que existe é de uma grande exatidão. Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível. O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas. Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição.”
Clarice Lispector
O que me tranqüiliza é que tudo o que existe, existe com uma precisão absoluta. O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete. Tudo o que existe é de uma grande exatidão. Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível. O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas. Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição.”
Clarice Lispector
terça-feira, 6 de março de 2012
Clarice Lispector - Pensamento
Aliás - descubro eu agora - eu também não faço a menor falta, e até o que escrevo um outro escreveria.
Clarice Lispector
Clarice Lispector
sábado, 3 de março de 2012
Clarice Lispector
Fique de vez em quando sozinho, senão você será submergido. Até o amor excessivo dos outros pode submergir uma pessoa.
Clarice Lispector
Clarice Lispector
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Vinícius de Morais em entrevista a Clarice Lispector
Clarice - Vinícius, acho que vamos conversar sobre mulheres, poesia e música. Sobre mulheres porque corre a fama de que você é um grande amante. Sobre poesia porque você é um dos nossos grandes poetas. Sobre música porque você é o nosso menestrel. Vinícius, você amou realmente alguém na vida? Telefonei para uma das mulheres com quem você casou, e ela disse que você ama tudo, a tudo você se dá inteiro: a crianças, a mulheres, a amizades. Então me veio a idéia de que você ama o amor, e nele inclui as mulheres.
Vinícius - Que eu amo o amor é verdade. Mas por esse amor eu compreendo a soma de todos os amores, ou seja, o amor de homem para mulher, de mulher para homem, o amor de mulher por mulher, o amor de homem para homem e o amor de ser humano pela comunidade de seus semelhantes. Eu amo esse amor mas isso não quer dizer que eu não tenha amado as mulheres que tive. Tenho a impressão que, àquelas que amei realmente, me dei todo.
Clarice - Acredito, Vinícius. Acredito mesmo. Embora eu também acredite que quando um homem e uma mulher se encontram num amor verdadeiro, a união é sempre renovada, pouco importam as brigas e os desentendimentos: duas pessoas nunca são permanentemente iguais e isso pode criar no mesmo par novos amores.
Vinícius - É claro, mas eu ainda acho que o amor que constrói para a eternidade é o amor paixão, o mais precário, o mais perigoso, certamente o mais doloroso. Esse amor é o único que tem a dimensão do infinito.
Clarice - Você já amou desse modo?
Vinícius - Eu só tenho amado desse modo.
Clarice - Você acaba um caso porque encontra outra mulher ou porque se cansa da primeira?
Vinícius - Na minha vida tem sido como se uma mulher me depositasse nos braços de outra. Isso talvez porque esse amor paixão pela sua própria intensidade não tem condições de sobreviver. Isso acho que está expresso com felicidade no dístico final do meu soneto "Fidelidade": "que não seja imortal posto que é chama / mas que seja infinito enquanto dure".
Vinícius de Morais em entrevista a Clarice Lispector
Vinícius - Que eu amo o amor é verdade. Mas por esse amor eu compreendo a soma de todos os amores, ou seja, o amor de homem para mulher, de mulher para homem, o amor de mulher por mulher, o amor de homem para homem e o amor de ser humano pela comunidade de seus semelhantes. Eu amo esse amor mas isso não quer dizer que eu não tenha amado as mulheres que tive. Tenho a impressão que, àquelas que amei realmente, me dei todo.
Clarice - Acredito, Vinícius. Acredito mesmo. Embora eu também acredite que quando um homem e uma mulher se encontram num amor verdadeiro, a união é sempre renovada, pouco importam as brigas e os desentendimentos: duas pessoas nunca são permanentemente iguais e isso pode criar no mesmo par novos amores.
Vinícius - É claro, mas eu ainda acho que o amor que constrói para a eternidade é o amor paixão, o mais precário, o mais perigoso, certamente o mais doloroso. Esse amor é o único que tem a dimensão do infinito.
Clarice - Você já amou desse modo?
Vinícius - Eu só tenho amado desse modo.
Clarice - Você acaba um caso porque encontra outra mulher ou porque se cansa da primeira?
Vinícius - Na minha vida tem sido como se uma mulher me depositasse nos braços de outra. Isso talvez porque esse amor paixão pela sua própria intensidade não tem condições de sobreviver. Isso acho que está expresso com felicidade no dístico final do meu soneto "Fidelidade": "que não seja imortal posto que é chama / mas que seja infinito enquanto dure".
Vinícius de Morais em entrevista a Clarice Lispector
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Clarice Lispector para Nelson Rodrigues - O que é o amor?
Clarice: O que é o amor, Nelson?
Nelson: Eu sou um romântico num sentido quase caricatural. Acho que todo amor é eterno e, se acaba, não era amor. Para mim, o amor continua além da vida e além da morte. Digo isso e sinto que se insinua nas minhas palavras um ridículo irresistível, mas vivo a confessar que o ridículo é uma das minhas dimensões mais válidas. (Nelson Rodrigues, em entrevista a Clarice Lispector)
Nelson: Eu sou um romântico num sentido quase caricatural. Acho que todo amor é eterno e, se acaba, não era amor. Para mim, o amor continua além da vida e além da morte. Digo isso e sinto que se insinua nas minhas palavras um ridículo irresistível, mas vivo a confessar que o ridículo é uma das minhas dimensões mais válidas. (Nelson Rodrigues, em entrevista a Clarice Lispector)
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Uma amizade sincera - Clarice Lispector - Fragmento
...tanto tempo precisávamos de um amigo, nada havia que não confiássemos um ao outro. Depois da conversa, sentíamo-nos tão contentes como se tivéssemos presenteado a nós mesmos. Queríamos tanto salvar o outro. Amizade é matéria de salvação.
_ do conto Uma amizade sincera - Clarice Lispector
_ do conto Uma amizade sincera - Clarice Lispector
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
DESCOBERTA A PRIMEIRA ENTREVISTA DE CLARICE Por Érica Georgino
DESCOBERTA A PRIMEIRA
ENTREVISTA DE CLARICE
Por Érica Georgino
Clarice Lispector
É preciso coragem. Uma coragem danada. Muita coragem é o que eu preciso. Sinto-me tão desamparada, preciso tanto de proteção...porque parece que sou portadora de uma coisa muito pesada. Sei lá porque escrevo! Que fatalidade é esta?
Clarice Lispector
Clarice Lispector
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Clarice Lispector - Fragmento
Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O ‘amar os outros’ é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].
Clarice Lispector.
Clarice Lispector.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Clarice Lispector IN A via crucis do corpo
Uma pessoa leu meus contos e disse que aquilo não era literatura, era lixo. Concordo. Mas há hora para tudo. Há também a hora do livro. Este livro é um pouco triste porque eu descobri, como criança boba, que este é um mundo-cão.
Clarice Lispector IN A via crucis do corpo - página 8
Clarice Lispector IN A via crucis do corpo - página 8
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Clarice Lispector - Fragmento
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais fortes, dos cafés mais amargos, das idéias mais loucas, dos pensamentos mais complexos, das vitórias mais difíceis, das festas mais animadas, das paixões inesperadas, dos sentimentos mais fortes...
Tenho um apetite voraz pela vida, um coração bobo e delírios mais loucos. E você pode até me empurrar de um penhasco... que eu vou dizer: E daí? Eu adoro voar!
Clarice Lispector
Tenho um apetite voraz pela vida, um coração bobo e delírios mais loucos. E você pode até me empurrar de um penhasco... que eu vou dizer: E daí? Eu adoro voar!
Clarice Lispector
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Clarice Lispector
Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.
Clarice Lispector
Clarice Lispector
domingo, 18 de dezembro de 2011
Clarice Lispector - Fragmento
É preciso coragem. Uma coragem danada. Muita coragem é o que eu preciso. Sinto-me tão desamparada, preciso tanto de proteção...porque parece que sou portadora de uma coisa muito pesada. Sei lá porque escrevo! Que fatalidade é esta?
Clarice Lispector
Clarice Lispector
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Clarice Lispector
Sou um monte intransponível no meu próprio caminho. Mas às vezes por uma palavra tua ou por uma palavra lida, de repente tudo se esclarece.
Clarice Lispector
Clarice Lispector
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Clarice Lispector
Ele fazia poemas como o exercício mais profundo do homem. E ela ? Que fazia como exercício profundo de ser uma pessoa? Fazia o mar de manhã.
Clarice Lispector
Clarice Lispector
Escritora, sim; intelectual, não. Outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou. De novo, não se trata de modéstia e sim de uma realidade que nem de longe me fere. Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto. Ser intelectual é também ter cultura, e eu sou tão má leitora que agora já sem pudor, digo que não tenho mesmo cultura. Nem sequer li as obras importantes da humanidade. [...] Literata também não sou porque não tornei o fato de escrever livros ‘uma profissão’, nem uma ‘carreira’. Escrevi-os só quando espontaneamente me vieram, e só quando eu realmente quis. Sou uma amadora? O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.
Clarice Lispector
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